Política

Quatro deputados estaduais já deixaram os seus partidos

Outras mudanças de legendas devem ocorrer nesta reta final da janela partidária

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 04/04/2018 07h47
Quatro deputados estaduais já deixaram os  seus partidos
Reprodução - Foto: Assessoria
A três dias de encerrar o prazo para os políticos com mandato trocarem de legenda, sem o risco de sofrer punições, no período conhecido por “janela partidária”, algumas filiações vêm sendo consolidadas e outras devem ocorrer até o último minuto da próxima sexta-feira (6). Na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), a expectativa ainda é de que podem ocorrer mais mudanças. Até o momento, apenas quatro deputados trocaram de partidos. Inácio Loiola deixou o PSB e filiou-se ao PDT. Já Léo Loureiro saiu do PPL e embarcou no Progressistas. O parlamentar arapiraquense, Severino Pessoa trocou o PSC pelo PRB e Carimbão Júnior sai do PHS e vai para o Avante. Outro deputado que deve mudar de sigla até a sexta-feira (6) é o líder do governo na Casa Legislativa, Ronaldo Medeiros, atualmente no MDB. O deputado deve se filiar ao PCdoB. A informação foi dada pela ex-presidente do partido em Alagoas, Cláudia Petuba. A reportagem da Tribuna Independente procurou o parlamentar para que ele comentar sobre o assunto, mas esquivou-se de confirmar sua ida às fileiras comunistas. A reportagem apurou que além destas mudanças, outros parlamentares estão prontos para assinar a filiação em outras legendas. São os casos de Jairzinho Lira, que pode deixar o MDB, mesma situação de Thaise Guedes. A saída dos dois significa tranquilidade para ambos poderem disputar a eleição, já que há o risco do chapão governista ficar “pesado”. A situação do deputado Marquinhos Madeira é diferente. Ele permanece no MDB, mas não será candidato. Quem vai disputar uma das vagas na Assembleia Legislativa é seu pai, o ex-prefeito de Maragogi, Marcos Madeira. Ele saiu do partido do governador Renan Filho e filiou-se ao PRTB. Madeira disputou a eleição de prefeito em 2015 e acabou sendo derrotado pelo atual gestor, Fernando Sérgio Lira. “Haverá chapa de oposição”, diz Loureiro   À reportagem da Tribuna Independente, o deputado Léo Loureiro falou da sua ida para o Progressistas. O principal motivo para sua mudança, segundo o parlamentar, foi o fato da sua nova sigla abrir um espaço para o trabalho da pessoa com deficiência. “É a bandeira que eu carrego e nessa bandeira com o apoio de um partido de grande porte, a gente pode fazer um trabalho e consequentemente chegar a uma ajuda melhor a pessoa com deficiência”. Questionado se a falta de um candidato da oposição poderia atrapalhar seus planos, como também dos candidatos do Progressistas, Léo garantiu que haverá uma chapa oposicionista. “Eu acredito que a oposição vai ter um nome viável para o processo. É importante para própria democracia que tenha. O PP hoje tem um nível de candidatos fortes. A gente briga aí para ter quatro vagas só do PP na Assembleia. É claro que não é saudável e nem prazeroso ouvir o não do então prefeito Rui Palmeira [PSDB] na desistência de uma pré-candidatura, porém o processo está se consolidando e eu tenho certeza que vai ter uma boa chapa de oposição” relatou o parlamentar ao comentar sobre as eleições com a Tribuna. Lembrando que o PP em Alagoas é comandando pelo senador Benedito de Lira, bem como por seu filho, o deputado federal Arthur Lira. LEI A legislação eleitoral estabelece que os parlamentares só podem mudar de legenda nas seguintes situações: incorporação ou fusão do partido; criação de novo partido; desvio no programa partidário; e grave discriminação pessoal. Mudanças de partido sem essas justificativas podem levar à perda do mandato. Mas, desde 2015, está em vigor a possibilidade de janela partidária, que acontece nos 30 dias que antecedem o último dia de prazo para a filiação partidária, ou seja, a seis meses antes da eleição.