Política

Ministro do Turismo, Marx Beltrão não abre mão de disputa ao Senado

Ele avalia que todos têm o direito de concorrer ao cargo em 2018

Por Texto: Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 23/03/2018 15h37
Ministro do Turismo, Marx Beltrão não abre mão de disputa ao Senado
Reprodução - Foto: Assessoria
Apesar de o anúncio de que o ministro dos Transportes Maurício Quintella Lessa (PR) seria o segundo senador na chapa do governador Renan Filho (MDB) à reeleição, o ministro do Turismo, Marx Beltrão (MDB), assegura que a sua pré-candidatura ao Senado tem continuidade. Ele afirma também que o cenário ainda está indefinido. “É um direito dele [Quintella] ser candidato ao Senado, como é um direito meu também. Todo grupo político de um governador pode ter 10 candidatos ao Senado. Quem tem que responder como fica a chapa é o governador. Eu sou candidato, nunca conversei com o Renan [Filho] diferente disso. Se tiver mudança, que ele me diga”, argumenta Beltrão. Vale ressaltar que há uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2010 em que proíbe a presença de mais de dois candidatos ao Senado por chapa. “Não tenho nenhum receio de competir com o Maurício Quintella. Ele é meu amigo pessoal. Me dou muito bem e será uma disputa boa. O povo vai gostar disso porque terá várias opções. Eleição se ganha com o povo na rua, não se ganha nos bastidores”, explica Beltrão. FICA NO MDB? Questionado se analisava deixar o MDB e migrar em outro partido, pensando em ter uma candidatura mais viável, o ministro do Turismo disse que a possibilidade existe, mas que no momento permanece na sigla. “Sou do MDB e só sairei do partido depois que conversar com o líder do partido, se eu achar que é conveniente. Sou do partido e sempre mantive um bom diálogo com o presidente estadual que é o senador Renan e também na nacional que é o senador Romero Jucá. Estou dialogando com cinco partidos. Estou pensando, acho que tenho mais duas semanas para avaliar. Não estou com a decisão tomada ainda”, declarou. Renan Calheiros defende debate amplo para escolha de candidatos A reportagem da Tribuna entrevistou também o senador Renan Calheiros, que falou sobre a chegada de Maurício Quintella à base do governador Renan Filho. “Eu acho que é importante a vinda do Maurício para o governo. Política se faz somando, agregando e não dividindo”, avalia o senador. Ao ser indagado sobre a situação de Marx Beltrão diante da possibilidade de Quintella ser o segundo senador na chapa, Renan respondeu apenas que essas definições serão realizadas depois de muitas conversas com todos que participam do grupo governista. “Esse prazo agora é para filiação partidária. Até o dia 7 e depois nós vamos tratar das candidaturas majoritárias, ouvindo os partidos, todas as correntes, verificando quem tem mais condições. Esse é um processo que quanto mais amplo melhor”, ressalta o senador. COM LULA O senador negou ainda que as suas divergências com o presidente da República, Michel Temer (MDB), sejam extensivas aos ministros. Ele confirmou também que o palanque será amplo, mas que seu candidato a Presidência é Luís Inácio Lula da Silva (PT). “Não há como fazer uma aliança em nível estadual sem respeitar o projeto de poder de cada legenda. Então, você tem que abrir os palanques, não é? Eu voto no Lula [à presidência da República]. Uma decisão minha que eu vou levar para a convenção nacional do MDB e defender a aliança. Vou levar democraticamente. Se vai perder para candidatura própria, aí é outra coisa. No entanto, eu vou levar e defender essa posição porque eu considero que é coerente”, destacou o senador. Quando o ex-presidente lula esteve em Alagoas, o governador Renan Filho e o senador Renan o acompanharam em parte de sua agenda política.