Política

João Lyra é interditado parcialmente pelo TJ-AL

Massa falida de seu grupo empresarial será administrada por sua filha, a ex-vice-prefeita de Maceió Lourdinha Lyra

Por Carlos Amaral com Tribuna Independente 09/03/2018 08h30
João Lyra é interditado parcialmente pelo TJ-AL
Reprodução - Foto: Assessoria
A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL) decretou na quinta-feira (8) a interdição parcial do ex-deputado federal e empresário João Lyra. Agora, a massa falida de suas empresas será gerida pela filha, Lourdinha Lyra. A extensão da interdição a João Lyra não foi revelada pelo TJ-AL. Segundo sua assessoria de comunicação, o caso tramita em segredo de justiça. Os membros da 2ª Câmara Cível do TJ-AL são os desembargadores Kléver Loureiro (presidente), Pedro Augusto Mendonça e Elisabeth Carvalho. Com a decisão, Lourdinha Lyra, que foi vice-prefeita de Maceió, responde pelo patrimônio de seu pai e passa a ter autonomia para fiscalizar a administração da massa falida das empresas, desde que envolvam negócios financeiros. A interdição de João Lyra já vem sendo tentada pela família desde que o empresário era deputado federal. MOTIVAÇÕES Entre os motivos que levaram os filhos de João Lyra a pedir sua interdição estão atos praticados pelo empresário que beneficiaram sua ex-esposa, Carmosina Melo Pereira, dilapidaram o patrimônio e doações consideradas por eles como extravagantes. Em 2013, João Lyra fez uma doação de R$ 1,7 milhão à Carmosina – já separados – e doou 14 salas do Norcon Empresarial e um apartamento no bairro de Ponta Verde. Ele também doou R$ 200 mil a um ex-funcionário da Laginha Agro Industrial. MASSA FALIDA Em agosto de 2017, o leilão da massa falida da Laginha foi homologado pela Justiça. Em dezembro, a usina Triálcool, em Canápolis/MG, foi comprada pela Companhia Mineira de Açúcar e Álcool por R$ 133.826.220,00; e a Usina Vale do Paranaíba foi vendida por R$ 206.358.000,00 ao Grupo Japungu, que possui usinas na Paraíba e em Goiás.