Política

Família Boiadeiro apoia investigação da SSP de Alagoas

Manutenção da imparcialidade também foi cobrada pelos familiares

Por Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 27/02/2018 08h13
Família Boiadeiro apoia investigação da SSP de Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
Com um tom mais ameno e até elogioso em algumas colocações, a família Boiadeiro divulgou nota ressaltando o trabalho das autoridades policiais que culminou na prisão de três suspeitos do assassinato do patriarca Adelmo Rodrigues, o Neguinho Boiadeiro (PSD), morto em novembro do ano passado quando deixava a Câmara de Vereadores de Batalha. Inicialmente, a nota diz que a segurança pública e o Ministério Público Estadual (MPE) estão no caminho correto, mas cobram a divulgação dos mandantes do crime, visto que em coletiva, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) não confirma qual a participação do vereador Sandro Pinto (PMN) no crime, mas diz que os outros suspeitos, Rafael Pinto, sobrinho de Sandro e Maikel Santos foram os executores de Neguinho Boiadeiro. Um quarto suspeito está foragido. A família Boiadeiro espera que as prisões temporárias realizadas na primeira etapa da investigação sejam mantidas e transformadas em prisões preventivas. A nota lembra ainda a operação da Polícia Civil realizada em Arapiraca, quando na ocasião invadiram a casa da sogra de Neguinho Boiadeiro em busca de José Márcio Cavalcante, conhecido como “Baixinho Boiadeiro”, um dos filhos do vereador assassinado que é procurado por tentar matar José Emílio Dantas no dia da morte do pai. “Não queremos vingança. Queremos justiça. Nossa família, humildemente, requer às autoridades alagoanas que não nos persigam, não adentrem em nossos lares pela madrugada, não nos intimidem com ameaças, com truculência, empunhando armas de alto poder de fogo, porque não abriremos mão de procurar justiça”, diz um trecho da nota. Comissão da Câmara dos Deputados e OAB serão acionadas Ainda no comunicado, a família Boiadeiro acrescenta ainda que por conta dessa perseguição que vem sofrendo, eles levarão o caso a Comissão dos Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, em Brasília, à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a toda imprensa brasileira. O tom da nota chamou a atenção, principalmente pelo fato de que a família Boiadeiro desde a morte de seu patriarca vem pedindo a participação da Polícia Federal nas investigações, por não ter  confiança no trabalho das autoridades policiais do estado. Durante o sepultamento de Neguinho, a família chegou a dizer que o crime por ter caráter político, os responsáveis pelo assassinato não seriam localizados. Os familiares argumentaram também que, por diversas vezes, pediram ajuda à polícia local, em busca de proteção individual, mas nunca obtiveram êxito. OUTRA NOTA A família do vereador Sandro Pinto (PMN) também procurou via redes sociais se manifestar em defesa do parlamentar. Na mensagem, os familiares alegam que Sandro está em seu quarto mandato e que nunca se envolveu em escândalos, sejam políticos ou de qualquer outra natureza. A nota diz ainda que a polícia está pretendendo apontar um bode expiatório para o crime, já que os próprios familiares de Neguinho Boiadeiro nunca disseram que Sandro Pinto estaria envolvido no crime e que sempre apontaram que a origem do assassinato seria de “outros responsáveis”. Os Boiadeiro sempre atribuíram o crime contra Neguinho na conta da família Dantas, que hoje administra a cidade de Batalha.