Política

Promotor condenado por pedofilia não recebe salário

Cyro Blatter havia informado, sem citar nomes, que Carlos Fernando Barbosa estava recebendo do MPE

Por Tribuna Independente 23/02/2018 08h00
Promotor condenado por pedofilia não recebe salário
Reprodução - Foto: Assessoria
Ao falar sobre problemas na resolução de processos judiciais em meio a recursos interpostos, o que não traz soluções completas para a situação, o promotor de Justiça Cyro Blatter, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf), usou como exemplo o caso envolvendo um promotor, sem citar o nome, acusado de abuso sexual de menores. Na ocasião, Blatter estava se referindo a Carlos Fernando Barbosa de Araújo, preso e condenado a 76 anos. Blatter foi entrevistado no programa da TV Mar, Momento Jurídico, e relatou que o processo que envolve Carlos Fernando Barbosa de Araújo dura 10 e até hoje ele constava nos quadros do Ministério Público Estadual (MPE). Em contato com a reportagem da Tribuna Independente, o procurador-geral de Justiça, Alfredo Gaspar de Mendonça relatou que o caso alusivo a Carlos Fernando Barbosa foi uma de suas primeiras medidas quando tomou posse no comando do MP Estadual. “Ele [o promotor] ainda não foi exonerado porque está esperando o resultado da ação. Inclusive, ele já perdeu todos os recursos e não está mais recebendo os subsídios”, explicou Alfredo Gaspar durante contato com a Tribuna. Alfredo Gaspar tomou posse como procurador-geral de Justiça no dia 2 de janeiro do ano passado. Após 16 dias, o Diário Oficial do Estado trazia o ato determinando a suspensão no pagamento dos subsídios do promotor Carlos Fernando Barbosa de Araújo. Barbosa está preso cumprindo pena condenatória de 76 anos e cinco meses de reclusão desde 2014, por estupro e atentado ao pudor cometidos contra duas filhas e uma enteada.