Política

Michel Temer embarca para a Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial

Temer discursará em Davos na quarta e apresentará cenário econômico e programa de concessões

Por G1 23/01/2018 02h01
Michel Temer embarca para a Suíça para participar do Fórum Econômico Mundial
Reprodução - Foto: Assessoria

O presidente Michel Temer embarcou nesta segunda-feira (22) para a Suíça, onde participará pela primeira vez do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

A aeronave com Temer deixou a Base Áerea Militar de Brasília por volta das 22h20 desta segunda e deverá chegar a Zurique às 10h50 (horário de Brasília) desta terça (23). O presidente passará o dia na cidade e, na quarta (24) pela manhã, embarcará em direção a Davos, onde acontece o fórum.

Segundo informou o Palácio do Planalto, Temer discursará e responderá a perguntas sobre a conjuntura política e econômica do Brasil.

Segundo o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, Temer vai destacar indicadores econômicos do país, defender a reforma da Previdência e divulgar o programa de privatizações e concessões do governo federal.

De acordo com o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral), um dos projetos apresentados será o de privatização da Eletrobras, cujo teor foi assinado na semana passada.

Desde 2014, quando a então presidente Dilma Rousseff discursou em Davos, um presidente do Brasil não participa do tradicional encontro que debate sobre desenvolvimento e economia. Realizado nos Alpes Suíços, o fórum reúne todos os anos políticos, banqueiros e investidores.

Conforme o porta-voz da Presidência, Temer apresentará em Davos "um país que superou a crise e voltou a crescer".

Ainda na quarta, segundo o Planalto, o presidente será homenageado em um jantar oferecido pela organização do fórum, e deve retornar a Zurique no final da noite. O retorno ao Brasil está previsto para quinta (25).

Ministério do Trabalho

Temer viajou sem conseguir resolver o impasse jurídico sobre a suspensão da posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho.

Filha do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, Cristiane assumiria a pasta do Trabalho em 9 de janeiro. Mas, na véspera da cerimônia, a posse foi suspensa por decisão do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal Criminal de Niterói (RJ).

O magistrado atendeu ação popular que questionava a nomeação da parlamentar, após o G1 revelar que Cristiane foi condenada a pagar R$ 60 mil por dívidas trabalhistas com dois ex-motoristas.

O governo tentou uma série de recursos e conseguiu liberar a posse no sábado, por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O Planalto marcou a solenidade para as 9h desta segunda mas, ainda na madrugada, foi divulgada outra decisão barrando o ato, desta vez da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia.

'Luta judicial'

Mais cedo, nesta segunda,em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou que o governo insistirá na "luta judicial" para garantir a posse de Cristiane.

O Planalto não trabalha com ideia de pedir ao PTB a indicação de outro nome para o comando da pasta, cujo antigo titular, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), pediu demissão no final de dezembro.