Política

Políticos esperam diminuição da crise

Projeção para 2018 é manter os programas em prol da população

Por Carlos Victor Costa 30/12/2017 07h44
Políticos esperam diminuição da crise
Reprodução - Foto: Assessoria
Em 2017, a crise política sempre esteve nas frases dos detentores de mandato seja em Alagoas ou no cenário de outras federações. Para o ano que inicia, a esperança é de mudança na situação. Tocar projetos e encarar os desafios é o que deve ser feito. Esta é uma defesa do governador Renan Filho (PMDB), mesmo com a crise nacional atrapalhando o desenvolvimento de muitos estados. “Organizamos as finanças, revisamos contratos e isso garantiu que nós tivéssemos investimentos necessários em infraestrutura, saúde, educação, segurança. Mantemos os salários em dia, fornecedores e fizemos investimentos necessários para o estado”. Para 2018, Renan Filho ressalta que a principal agenda do governo será a de seguir melhorando a vida das pessoas. “O governo vai dar foco aos programas que vêm dando certo, como a ampliação dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisp). Na educação, vamos seguir com o programa de ampliação das escolas em tempo integral. Na saúde, iremos ampliar a Unidade de Emergência do Agreste e seguir trazendo novos serviços para o Hospital Geral. Vamos lançar um grande mutirão de cirurgias em Alagoas”, destacou. LEGISLATIVO O segundo poder, o Legislativo, segundo o vice-presidente da Assembleia, Francisco Tenório (PMN), o Brasil mostra sinais de recuperação. “No final de ano houve a compra e a comercialização de diversas máquinas e equipamentos. É um sinal de que a economia vem se recuperando. E Alagoas, como está saneado e em boa situação financeira, deverá ter um 2018 de muitos investimentos e com certeza a população sairá lucrando nesse momento”, avalia o parlamentar. Instabilidade tem condições de prosseguir Para o líder da bancada federal alagoana, o deputado Ronaldo Lessa (PDT), 2017 foi de muita dificuldade, principalmente por conta do governo Michel Temer. “A crise é geral. O governo, em minha avaliação, piora a situação quando abre mão para refinanciamento indiscriminadamente, de recursos que seriam importantes para a previdência social. Portanto, eu acho que agravou ainda mais a situação de 2017. Não foi pior porque temos aqui dois ministros e evidente que os dois têm lutado muito para que seus ministérios tenham atividades aqui e estão jogando recursos onde pode, na medida do possível em Alagoas”. Sobre 2018 a expectativa, para o deputado é de permanência das dificuldades, citando que por mais que se esforcem a bancada, elas vão com recursos reduzidos para os estado. “Uma coisa que tem ajudado muito é a unidade. Acho que, por exemplo, tanto o governador, como o prefeito de Maceió e o presidente da Associação dos Municípios Alagoanos [AMA], têm a compreensão e o apoio. A bancada diverge nos temas nacionais, evidentemente cada um com suas ideias partidárias, mas as questões de Alagoas, sempre há uma unidade e essas três autoridades [Renan, Rui e Hugo] tem um comportamento importante e que tem ajudado bastante”, destaca. Quando a temática é voltada aos municípios, o presidente da AMA, Hugo Wanderley, acredita que o momento político seguirá em instabilidade. “Temos um presidente da República com baixa aprovação, com a bancada de sustentação pequena no Congresso. Não será possível nem aprovar as reformas que ele propôs. Isso causa uma instabilidade no mercado financeiro. Então a expectativa para 2018 é de muita cautela, como foi de 2017. Teremos uma eleição presidente ainda totalmente indefinida porque temos nomes com grande chance de vitória que possivelmente podem ser barrados pela justiça. Então o quadro político e consequentemente financeiro é muito instável. É um ano que tem a expectativa de ser pior do que esse ano que está acabando, mas vamos manter a serenidade, apertar as rédeas, mas do que já apertou, porque quem sofre com isso consequentemente é a população”, justifica Wanderley. Em 2017, mesmo com todos os problemas, Wanderley destacou os avanços que a Associação conseguiu para os municípios, principalmente tratando do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). “Nós avançamos em muitas pautas importantes para os municípios. Conseguimos efetivar 1% do FPM de julho, que foi aprovado quando o senador Renan Calheiros [PMDB] era o presidente do Senado. Conseguimos que derrubassem o veto do encontro de contas. Mas, os problemas ainda continuam, como a questão do repasse dos recursos dos programas federais e a queda de arrecadação, por exemplo. Em 2018 vamos continuar lutando pelas melhorias. E também teremos pautas importantes tramitando no Congresso, como o reajuste do Fundeb e o 1% de setembro”. À frente da prefeitura de Maceió, Rui Palmeira aguarda que a economia se recupere. “O país passou por um cenário de muita incerteza e turbulência política, mas dá sinais de recuperação, como mostram os recentes números do emprego, do comércio e da produção industrial. Nesse sentido, apesar dos sinais de recuperação ainda tímidos, podemos esperar maior estabilidade para 2018”, analisa o gestor da capital alagoana.