Política

Arnaldo Higino fica livre e suspende 13º salário de Campo Grande

Prefeito estava detido acusado de receber propina, segundo flagra do Gecoc, do MP Estadual

Por Editoria de Política com Tribuna Independente 28/12/2017 08h08
Arnaldo Higino fica livre e suspende 13º salário de Campo Grande
Reprodução - Foto: Assessoria
O prefeito da pequena cidade de Campo Grande, Arnaldo Higino (PP), deixou a prisão na última terça-feira (26). Uma de suas primeiras decisões ao retornar ao comando da Prefeitura foi de suspender o pagamento do 13° salário dos servidores municipais. Por conta dessa decisão, os servidores se reuniram em assembleia e decidiram cruzar os braços, paralisando assim as atividades no município neste final de ano. A paralisação, segundo foi informada à reportagem do jornal Tribuna Independente, é por tempo indeterminado. LEIA TAMBÉM: Prefeito de Campo Grande é preso em flagrante recebendo propina No município, a população já estava cobrando da Câmara de Vereadores que providências fossem tomadas desde que Arnaldo Higino foi preso acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de receber propina de uma empresa que atua no município. Higino foi pego com um grande volume de dinheiro pelo Grupo Estadual de Combate à Corrupção (Gecoc) e foi preso. COMISSÃO Após a sua soltura, é uma incógnita se a Câmara Municipal de Campo Grande vai apurar desvio de conduta do prefeito Arnaldo Higino. Com noves vereadores, bastam apenas três para formalizar a chamada Comissão Processante, que deve ser oficializada em janeiro, após o recesso de fim de ano. O relatório da Comissão pode indicar a cassação do prefeito, caso seja aprovado pelo plenário. Segundo o presidente da Câmara, Anderson Vera Cruz (SD), o rito de trabalho da Comissão cumprirá o que diz o regimento interno da Casa, além de dialogar com o MPE. “Tudo será feito da forma como tem de ser, com direito ao contraditório e buscando dialogar com o MPE porque ele é o autor da ação que prendeu o prefeito”, diz o presidente da Câmara de Campo Grande. “A relação entre população e vereadores, principalmente nas menores cidades do interior, é muito próxima e a cobrança tem sido grande para que façamos alguma coisa. Entretanto, é preciso ressaltar que a Câmara não pode agir somente pelo clamor, pois há um rito a seguir e é preciso garantir todos os direitos ao prefeito”, explica Anderson Vera Cruz. Ainda de acordo com o parlamentar, esse é o primeiro caso desse tipo na cidade. LEIA TAMBÉM: Câmara de Vereadores pode cassar prefeito de Campo Grande