Política

Maia indica preferir 'estabilidade' do que impeachment de Temer

Presidente da Câmara afirmou não ter feito movimentos para substituir peemedebista na Presidência para não gerar instabilidade no país

Por Jornal GGN 28/11/2017 08h25
Maia indica preferir 'estabilidade' do que impeachment de Temer
Reprodução - Foto: Assessoria
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que, se pudesse, votaria contra o seguimento das denúncias contra Michel Temer (PMDB) e que não articulou para assumir a Presidência da República no ápice da crise do mandatário pelo "melhor para o Brasil". A declaração foi feita durante evento realizado pela revista "Veja", nesta segunda-feira (27). Em meio ao impasse do racha entre o então considerado fiel aliado de Temer no início do mandato peemedebista, Maia ressaltou que não fez movimentos para substituir Michel Temer no posto maior do Executivo, quando ele havia sido flagrado nos grampos da JBS, para não gerar instabilidade no país. "Tive a consciência de que não cabia a mim fazer nenhum movimento para ser presidente em cima de uma denúncia. Não trabalhei contra [Temer] e creio que fiz o melhor para o Brasil", disse o parlamentar. E deixou claro que dependia dele um espaço propício ao impeachment de Temer: "Se eu tivesse feito algo teríamos um plenário muito mais radicalizado que temos hoje, passivo do impeachment. Acredito que fiz o certo. Não trabalhei contra e não fiz nenhuma operação, porque o plenário deveria decidir", manifestou. Durante o evento, também afirmou que se pudesse votar nas sessões da Câmara dos Deputados, seria contra o recebimento das denúncias contra o presidente. A justificativa é de que as acusações precisariam ser melhor investigadas. "Eu votaria contra o recebimento das duas denúncias, porque as provas colhidas pelo MP demandavam um tempo maior de investigação. Acho que o MP poderia ter avançado mais para oferecer uma denúncia com força maior. Eu acho que as duas denúncias precisariam de embasamento maior para suspendermos o mandato do presidente", disse Maia.