Política

Deputados derrubam convocação de secretário de Educação na ALE

Requerimento de Bruno Toledo é rejeitado por maioria formada por governistas

Por Texto: Carlos Victor Costa com Tribuna Independente 15/11/2017 09h42
Deputados derrubam convocação de secretário de Educação na ALE
Reprodução - Foto: Assessoria
O requerimento do deputado Bruno Toledo (Pros), convocando o secretário de Estado da Educação, Luciano Barbosa, além da diretora Elma Lopes e o professor da Escola Lucilo José Ribeiro, responsável pela realização do projeto, Daniel Macedo, para participar de uma audiência pública com o intuito de debater a atividade sobre identidade de gênero não passou no plenário na sessão da última terça-feira (14). Com 11 votos contra o requerimento e apenas quatro a favor (Severino Pessoa, Jairzinho Lira, Bruno Toledo e Francisco Tenório), além de duas abstenções (Rodrigo Cunha e Antonio Albuquerque), o requerimento acabou sendo rejeitado e o assunto certamente será esquecido entre os parlamentares. Nos bastidores, a rejeição à convocação já era dada como certa por se tratar de Luciano Barbosa, que também é vice-governador. A base governista capitaneada pelo líder do governo na Casa Legislativa, deputado Ronaldo Medeiros (PMDB), se uniu e acabou derrotando a solicitação feita por um dos oposicionistas a Renan Filho dentro do parlamento, o deputado Bruno Toledo. Após a leitura do requerimento feita pelo presidente da Casa, deputado Luiz Dantas (PMDB), Toledo durante a discussão que antecede a votação explicou do que se tratava sua solicitação, sendo logo depois confrontado por Medeiros que se mostrou contra a convocação, pedindo que a base governista também votasse contra. Segundo o líder do governo, caso os parlamentares votassem a favor estariam cometendo uma indelicadeza com o secretário que “nunca se negou a ir ao Parlamento”. Esta fala foi rebatida por Toledo e também por Rodrigo Cunha (PSDB), que alegou que não é nada grave convocar secretários do Estado, e que isso deveria se tornar um hábito do Poder Legislativo. SILÊNCIO Antes de iniciar a sessão, o presidente da Assembleia, deputado Luiz Dantas informou que não iria se pronunciar acerca da execução do vereador por Batalha, Neguinho Boiadeiro. Parlamentares divergiram sobre o fato Durante o debate na Assembleia Legislativa sobre um tema que tomou grandes proporções no Estado, o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) destacou que o secretário Luciano Barbosa nunca esteve na ALE para contribuir com as discussões. Cunha se mostrou contra a convocação do professor e da diretora, mas a favor que o secretário fosse se explicar por ele supervisionar os membros da escola. Ricardo Nezinho (PMDB) também apoiou a solicitação feita pelo líder do governo, Ronaldo Medeiros, votando contrário ao requerimento. O deputado Francisco Tenório (PMN) também se posicionou sobre o assunto. Ele se mostrou a favor da convocação do secretário Luciano Barbosa, além de contestar a fala de Rodrigo Cunha, dizendo que há consequências para quem não atender a convocação do Parlamento, explicando que a Casa pode mandar buscar coercitivamente aquele que não atender à convocação. Jó Pereira citou o artigo 83 do regimento da Assembleia, ao dizer que no caso do professor e da diretora só caberia o convite, a não ser que fosse aberta uma CPI para apurar os fatos que foram noticiados e que o deputado Bruno Toledo pretendia esclarecer. Responsável por pedir o adiamento da discussão sobre o requerimento na primeira oportunidade que o assunto foi discutido no plenário, o deputado Antonio Albuquerque (PTB) acabou se esquecendo e tentou novamente adiar a discussão,  mas informado que já tinha sido feito em outra ocasião, ele acabou retirando o pedido.