Política
Dividido, PT inicia conversas com Renan Filho para retorno à base de apoio
Maioria na direção executiva, apenas a tendência CNB votou a favor do retorno à base do governo
A direção executiva do PT em Alagoas se reuniu ontem (31) e deliberou pelo início oficial das negociações com o governador Renan Filho para sua eventual volta à base de apoio do peemedebista. Mas o partido está dividido sobre essa questão, pois apenas a tendência interna Construindo um Novo Brasil (CNB), do deputado federal Paulão e do presidente da legenda no Estado Ricardo Barbosa, que tem maioria nessa instância partidária, foi favorável a essa decisão.
Um dos membros da direção do PT, que pediu para não se identificar, adiantou haver o indicativo de que as demais tendências internas – quatro no total – não indiquem nomes para os cargos que o partido venha a ter com a concretização das negociações.
“É incoerência ocupar esses espaços, uma vez que se votou contra a possibilidade de retorno à base do Renan Filho”, pontua o membro da direção do PT e destaca também haver resistência a essa decisão na militância da CNB.
Essa mesma fonte não soube confirmar se o pleito da CNB é mesmo dirigir a Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
“Eles não falam nada abertamente, mas acho improvável porque a Secretaria é dirigida pelo vice-governador”, completa o membro da direção do PT no estado.
Entretanto, o presidente estadual do PT, Ricardo Barbosa, não polemiza em relação ao posicionamento das tendências internas do partido.
“Não cabe mais tratar das alas do PT que são contra ou favor [reingresso na base de Renan Filho]. O PT preserva bastante sua democracia interna e essa decisão foi tomada no âmbito da executiva estadual com Ad Referendum da direção estadual, que será reunida para votar o que ficar resolvido nas negociações com o governo”, diz Ricardo Barbosa.
O primeiro contato oficial dos petistas com o governador pode ocorrer hoje.
Partido não discutiu cargos, afirma Barbosa
Desde que as discussões internas no PT sobre sua provável volta à base do governo Renan Filho ganharam os holofotes no estado, têm-se divulgado espaços pleiteados e nomes para serem secretários. Segundo Ricardo Barbosa, presidente do partido em Alagoas, tudo não passa de especulação.
“Só agora as negociações se iniciam. Ou seja, o que se tratou em relação às negociações do PT com o Renan Filho foram especulações, até porque, como presidente do PT, eu não sentei com o governador para discutir esse assunto. Isso será feito o mais rápido possível, mas só agora após a decisão da executiva estadual do partido. Ainda não há sinalização em relação a espaços no governo”, afirma Ricardo Barbosa.
Ele também adianta que o deputado federal Paulão vai participar das negociações, o ponto da partida das negociações: palanque de Lula em Alagoas e que o espaço a ser ocupado pelo partido leve em consideração o “legado” do PT no país e em Alagoas.
“A única premissa que nós, de antemão queremos deixar claro que está estabelecida, é que na discussão de retorno ao governo, se isso se der, terá de ser respeitado o legado do PT em Alagoas e em nível nacional, a capilaridade do partido e suas relações com os movimentos sociais organizados, movimento sindical, movimento agrário e juventude. E até mesmo a necessidade estratégica que nós temos de defender desde já, e garantir, a candidatura do nosso presidente Lula em 2018”, afirma Ricardo Barbosa.
Antes de o PT deixar a base do governo Renan Filho, em setembro de 2016, após a votação do impeachment de Dilma Rousseff no Senado, o partido ocupou as secretarias do Trabalho e Emprego e Assistência Social, tendo à frente Joaquim Brito que, aliás, é um dos mais cotados – se não o mais – para ser o nome petista no secretariado do Governo do Estado.
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