Política

Vereador de Maceió é conduzido à sede da PF por suposta prática ilegal em campanha

Atendimentos médicos foram realizados constantemente em sede de ONG no bairro do Vergel

Por Ascom/PF 01/11/2017 08h34
Vereador de Maceió é conduzido à sede da PF por suposta prática ilegal em campanha
Reprodução - Foto: Assessoria

A Superintendência Regional da Polícia Federal (PF) em Alagoas está desencadeando, nesta quarta-feira (1º), ação policial denominada “Operação Pense Maceió”, com o cumprimento de seis Mandados de Busca e Apreensão um de Condução Coercitiva expedidos pela 3ª Zona Eleitoral do Estado de Alagoas, em Maceió, todos cumpridos na capital alagoana.

O verador Antonio Holanda (PMDB) já está na sede da PF, em Jaraguá, para ser ouvido.

A ação tem objetivo de instruir inquérito policial instaurado com a finalidade de apurar a suposta prática do crime previsto no artigo 299 do Código Eleitoral Brasileiro, “dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita.”, tendo em vista os indícios de oferecimento de serviços médicos e odontológicos gratuitos em troca de votos supostamente praticada por vereador de Maceió e por pessoas a ele relacionadas, durante a campanha eleitoral do ano de 2016.

As diligências realizadas até o momento demonstram que o parlamentar teria se utilizado das instalações de uma suposta entidade sem fins lucrativos, a qual tem como presidente pessoa vinculada ao gabinete do mesmo vereador há mais de dez anos. Ainda segundo as investigações, atendimentos médicos foram realizados constantemente no local à época da última campanha eleitoral de 2016, ocasião em que o então candidato comparecia diariamente à sede da ONG para realizar campanha.

Também restou constatado que o consultório existente na sede da ONG, localizada no bairro do Vergel, foi fechado pouco mais de um mês após as eleições, mais um indicativo de sua utilização para fins eleitorais.

Em torno de 30 policiais federais foram mobilizados para cumprimento das diligências. O parlamentar envolvido foi conduzido à sede da PF em Alagoas, para prestar esclarecimentos. Foram também alvos da operação a sede da ONG investigada e o gabinete do parlamentar na Câmara Municipal de Maceió.