Política

Deputados saem em defesa de Bruno Toledo contra "ataques" do Sinteal

Requerimento de Toledo convocando o secretário de Educação, além da diretora e o professor da Escola Lucilo José Ribeiro, deve ser lido hoje (21) no plenário

Por Tribuna Independente 21/09/2017 07h33
Deputados saem em defesa de Bruno Toledo contra 'ataques' do Sinteal
Reprodução - Foto: Assessoria

A polêmica em torno de um projeto sobre identidade de gênero realizado em uma escola de São José da Tapera voltou a ser tema de discussão, nesta quarta-feira (20) na Assembleia Legislativa (ALE). A Casa aprovou uma moção de apoio ao deputado Bruno Toledo (Pros) que trouxe o assunto para o plenário na semana passada.

A moção que teve como responsáveis dois membros da Comissão de Educação e Saúde, Francisco Tenório (PMN) que é presidente, e Ricardo Nezinho (PMDB) e subscrito por todos os parlamentares, demonstra apoio ao colega parlamentar, por segundo eles, ter sofrido “ataques injustos” e “atos antidemocráticos” praticados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) e seu secretário de Comunicação, Lucas Soares, que em entrevista à Tribuna Independente, classificou Toledo como fascista.

Ainda na semana passada, Toledo informou que processaria o secretário de comunicação por calúnia e difamação.

Além do posicionamento de um de seus diretores, o sindicato divulgou uma nota, assinada por outras entidades sindicais, acusando Toledo de atacar, constranger e ameaçar os professores.

“Todos se solidarizam com o deputado Bruno porque em nenhum momento esta Casa entendeu que ele se portou como fascista e nem antidemocrático. Nesse caso ele foi um parlamentar que buscou a representação legislativa porque o ataque que vossa excelência sofreu, eu também sofri há um tempo”, disse Nezinho, fazendo menção ao fato dele ter sofrido várias críticas por conta do Projeto de Lei, proposto por ele, intitulado Lei da Escola Livre, matéria polêmica que ganhou os noticiários, vindo a ser suspensa pelo Superior Tribunal Federal.

Em apartes, os deputados Antonio Albuquerque (PTB) e Galba Novaes (PMDB) também se solidarizaram com o colega. “Antes de qualquer outra coisa é uma obrigação nossa prestar essa solidariedade ao deputado. Não apenas pelo fato de sermos colegas. Não é possível que a gente possa aceitar de forma passiva um desrespeito a aquilo que é da lavra legislativa. O que o deputado fez aqui foi apenas corrigir um ato criminoso praticado por um agente público. A posição de coibir esse ato merece nosso apoio e solidariedade”, ressaltou Albuquerque.

Ao agradecer o apoio dos colegas, Toledo disse estar confortável por perceber que o parlamento não ficaria omisso a “injustas agressões”. “Não deixarei que esse tipo de atitude por parte deste sindicato tire a minha força de trabalho diante de causas nobres do estado. Não é dessa forma que irão me calar”.

CONVOCAÇÃO

Em questão de ordem, o deputado informou que havia protocolado na terça-feira (19) um requerimento convocando o secretário de Educação, Luciano Barbosa, além da diretora e o professor da Escola Lucilo José Ribeiro, responsável pela realização do projeto, Daniel Macedo, para participar de uma audiência pública com o intuito de debater a atividade sobre identidade de gênero realizada na instituição escolar e o Plano Estadual de Educação (PEE). O requerimento pode ser lido na sessão de hoje (21).

Ainda na sessão de ontem, os parlamentares aprovaram também uma moção de repúdio, requerida por Bruno Toledo, ao candidato a vice-reitor da Uncisal, Euclides Maurício Trindade que, durante um debate antes das eleições em segundo turno, disse que os deputados estavam de olho no orçamento da Universidade.