O vice-prefeito Marcelo Palmeira assumiu pela sexta vez, no último dia 4, a chefia do Poder Executivo maceioense, em substituição ao titular do cargo, o prefeito Rui Palmeira, que está de férias até o dia 17. Durante as duas semanas em que responde como prefeito de Maceió, Marcelo Palmeira (PP) conduziu a pauta de vistoria de obras públicas em execução no Município, despachou processos, entregou um espaço público revitalizado no Acauã e autorizou a execução de novos projetos, atividades que já acompanha no dia a dia da gestão municipal. Em entrevista à Tribuna Independente, o prefeito em exercício falou sobre sua experiência à frente da Prefeitura, sobre a relação de confiança entre ele e o prefeito Rui Palmeira (PSDB), parcerias, dificuldades enfrentadas pela administração pública e sobre os projetos que estão sendo executados pela Prefeitura de Maceió.

Tribuna Independente – Esta é a sexta vez que o senhor assume a liderança do Executivo Municipal, e a segunda no ano de 2017. Como avalia esses 15 dias à frente da Prefeitura de Maceió?

Marcelo Palmeira - Foram dias de muito conhecimento, pois a gente toma mais ciência do que se passa dentro da Prefeitura. Nesse período, consegui visitar muitas comunidades na parte alta da cidade, vistoriei obras que estão bem avançadas, como é o caso da nova Unidade Básica de Saúde da Santa Lúcia, acompanhei o trabalho de recuperação de vias em alguns pontos da capital e principalmente, estive em contato com as pessoas. São nessas idas às ruas que conseguimos ouvir melhor a população, que se aproxima para sugerir algo, solicitar intervenções do poder público e também parabenizar pelas melhorias que estão sendo realizadas. Quero, inclusive, agradecer a confiança do prefeito Rui e de todo o povo de Maceió, pois esta confiança representa que estamos atuando sempre em sintonia e em prol dos moradores da capital alagoana.

Tribuna Independente – A população de Maceió sofreu nos últimos meses com as fortes chuvas que afetaram a cidade de forma significativa. O que a Prefeitura tem feito para amenizar os danos causados?

Marcelo Palmeira - O grande volume de água que caiu na cidade trouxe muitos prejuízos, como deslizamento de barreiras, obstrução de galerias e buracos nas ruas. Também deixou muitos desabrigados nas áreas de risco. O desafio continua grande, mas estamos, aos poucos, retomando a normalidade da cidade. Assim que aconteceu a grande chuva, que provocou o deslizamento de barreiras em algumas comunidades, deixando pessoas desabrigadas, a Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), juntamente com a Defesa Civil, deu total assistência a essas famílias. São mais de 1.000 famílias contempladas com o auxílio-moradia, e vale ressaltar que o auxílio não é o único benefício. Há também a entrega de kits assistenciais, que incluem cestas básicas, colchões, material de higiene pessoal e de limpeza.

Tribuna Independente - O que a Prefeitura tem feito para a recuperação das vias que foram seriamente danificadas pelas chuvas, impactando a mobilidade em diferentes pontos da cidade?

Marcelo Palmeira - Todos os dias, equipes da Seminfra vão às ruas para realizar serviços, como desobstrução de galerias, manutenção asfáltica e drenagem. Diversos pontos da capital já foram recuperados, mas ainda temos muito trabalho pela frente. Mesmo setembro sendo um mês em que naturalmente faz sol, ainda estamos, às vésperas da primavera, enfrentando dias chuvosos. Mas sempre que as condições são propícias, os serviços são executados para que a cidade se recupere de maneira rápida.

Tribuna Independente - Durante seu período à frente da Prefeitura, houve a entrega de uma área de lazer e esportes no Loteamento Acauã. Quais são os projetos da Prefeitura para requalificação de praças e áreas públicas de Maceió?

Marcelo Palmeira - A área de lazer e esportes do Acauã foi revitalizada, recebeu brinquedos para as crianças, quadras reformadas, equipamentos esportivos recuperados e iluminação em LED. Tudo com recursos próprios do município. Neste ano, a Prefeitura já fez outras intervenções em espaços públicos, como foi o caso do Centro Esportivo de Fernão Velho, o Mirante Senador Rui Palmeira, na Chã de Bebedouro, a praça do Santos Dumont. Em breve, estaremos entregando outra área de lazer revitalizada, o “Gaiolão”, como é conhecido no Eustáquio Gomes. Através dessas melhorias, a população passa a ocupar mais os espaços públicos. A requalificação dos espaços incentiva a prática de esportes e o convívio das pessoas da comunidade, melhorando a qualidade de vida da população e transformando esses espaços em áreas de convivência entre os moradores.

Tribuna Independente - O que representa a implantação da Estação do VLT em Jaraguá? Qual é a participação da Prefeitura nessa obra?

Marcelo Palmeira - A obra está sendo realizada por meio de uma parceria entre a Prefeitura de Maceió e o governo federal, por meio da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Estive recentemente visitando a estação, que já está quase pronta, e a Prefeitura segue dando o apoio acordado desde início do projeto. Nós iremos fazer a continuação da rua Barão de Jaraguá, para interligá-la à Avenida Maceió, além da iluminação em LED nas áreas comuns do terminal. A ampliação do VLT é uma obra de suma importância para a cidade de Maceió, melhorando a mobilidade urbana na Região Metropolitana. O VLT é um transporte eficiente e barato, que sai de Rio Largo e em breve chegará até o Jaraguá, levando mais vida ao bairro histórico.

Tribuna Independente - Qual é a sua opinião sobre um assunto ainda tão polêmico, como a expansão da fiscalização eletrônica de trânsito em Maceió?

Marcelo Palmeira - Maceió era a única capital do país que não tinha fiscalização eletrônica. Em uma cidade com um milhão de habitantes e mais de 300 mil veículos, é natural que isso aconteça para disciplinamento do trânsito e a prevenção de acidentes. Todas as grandes cidades brasileiras já adotaram esse modelo de fiscalização e controle. De acordo com levantamento realizado recentemente pela SMTT, no primeiro semestre deste ano, o número de acidentes de trânsito em locais onde há a fiscalização eletrônica caiu 53% em comparação ao primeiro semestre de 2016. Mas ainda assim, alguns pontos precisam receber fiscalização, pois são vias de tráfego intenso.