Política
HGE é tema de debate na Assembleia
Deputados de oposição e base governista usam a tribuna da Casa para expressar opiniões sobre situação do hospital
Atualizada às 14h49
Com mais de uma hora de discussão, os deputados repercutiram na sessão de ontem (29) da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), a reportagem exibida no domingo passado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, que veiculou os problemas no Hospital Geral do Estado (HGE) e também a operação Correlatos, que investiga suspeita de fraudes milionárias em licitações ocorridas na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Os deputados Rodrigo Cunha (PSDB) e Bruno Toledo (PROS), foram os responsáveis pelas críticas ao Estado, direcionando os problemas enfrentados na pasta da saúde.
Por outro lado, o líder do Executivo na Casa, Ronaldo Medeiros (PMDB), além de Jó Pereira (PMDB), Edval Gaia Filho (PSDB) e Ricardo Nezinho (PMDB), que fazem parte da base aliada de Renan Filho (PMDB) usaram da linha de defesa do trabalho que vem sendo realizado pelo secretário Christian Teixeira à frente da secretaria, como também os esforços do governador para fazer com que o estado avance no desenvolvimento.
Já o deputado Antonio Albuquerque (PTB), apesar de fazer parte da base aliada do governador e alertar que os problemas não podem ser atribuídos ao gestor principal, fez algumas críticas a temas relacionados à saúde do estado, aproveitando mais uma vez para cutucar a ex-secretária Rozângela Wyszomirska.
Os erros do estado, segundo o parlamentar, estariam no desabastecimento de determinados materiais sem justificativa plausível e o fracionamento de compras.
Para Rodrigo Cunha o problema principal que tem que se encarar é a falta de abastecimento do Hospital Geral do Estado.
O deputado apontou, durante a sessão, outros motivos que poderiam explicar os problemas no HGE, criticando o fato de “estarem tentando responsabilizar a ex-secretária de Saúde, Rozangela Wyszomirska” pelos problemas da pasta.
Jó Pereira defende união entre os poderes
Em aparte, a deputada Jó Pereira (PMDB) afirmou que tem se posicionado a favor de uma união dos poderes para que assim os problemas do estado sejam resolvidos.
A parlamentar disse ainda que não é uma defensora do governo de Renan Filho, alegando que as dificuldades no HGE ocorrem também pelo fato de ser o único que atende toda a população do estado.
“Sou uma defensora da união de todos os poderes em prol de Alagoas. Outra coisa que deve ser feita é deixar de usar o Hospital Geral como bandeira política de um deputado de partido político da oposição ou da situação. É a hora de darmos as mãos e procurarmos juntos uma solução definitiva dos problemas de saúde do HGE”.
Já o deputado Bruno Toledo (PROS) que vem usando a tribuna ultimamente para mostrar o que para ele seriam os grandes problemas da gestão do governador Renan Filho, lembrou que desde dezembro do ano passado tem levado à tribuna da ALE problemas relacionados à saúde do estado.
Em resposta a deputada Jó Pereira, o parlamentar afirmou que não tratava o assunto do HGE como “bandeira de oposição ou situação, mas com posição”.
“Algo que venho relatando há certo tempo e que por uma total arrogância, falta de humildade do poder executivo preferiu se tratar como demagogia eleitoral. O governador decide quebrar o silêncio que incomodava tanto, e de forma brilhante, diz que a culpa é da imprensa”, ironizou.
Aliados apresentam investimentos na saúde
Para Edval Gaia (PSDB), o problema da saúde não está só em Alagoas. O parlamentar ainda acrescenta que a superlotação no HGE não é culpa do governador, mas que isso acontece por uma desorganização geral.
De acordo com o tucano, a culpa tem que ser dividida com todos que fazem política.
Ricardo Nezinho (PMDB) defendeu o trabalho que o governo vem realizando no estado, ao lembrar que nesta quarta-feira (30), o governador Renan Filho estará em Arapiraca, entregando 20 novas ambulâncias, além de um helicóptero para a reestruturação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo Nezinho, o investimento foi com recursos próprios.
Das 20 ambulâncias, segundo Nezinho, sete são Unidades de Suporte Avançado (USAs) e 13 Unidades de Suporte Básico (USBs).
“Maceió vai ganhar quatro. Para Arapiraca vão cinco. Santana do Ipanema recebe duas. Já os municípios de Delmiro Gouveia, Palmeira dos Índios, Penedo, Campo Alegre, São Miguel dos Campos, Viçosa, Atalaia e Cacimbinhas, receberão cada um, uma ambulância. Cada ambulância tem o valor estimado de R$ 194 mil e a previsão é que, ainda este ano, sejam entregues”.
Líder do governo na Casa, Ronaldo Medeiros (PMDB), também defendeu as ações que vem sendo realizada em Alagoas pelo governo do estado.
Ele salientou ainda que o Estado está adotando todas as providências para que os problemas detectados na saúde do estado não ocorram mais.
“Não falo como governo, falo dos fatos que mostram que é um governo sério e competente. Que está investindo em áreas que nunca receberam investimentos. Outros estados estão passando por problemas piores que Alagoas e não estão conseguindo reverter. Nós estamos trabalhando e estamos mudando as coisas. O trabalho está sendo feito”.
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