Política

Lava Jato atinge filho de ministro do TCU

Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz, é um dos alvos da 45ª fase da operação

Por Brasil 247 23/08/2017 08h24
Lava Jato atinge filho de ministro do TCU
Reprodução - Foto: Assessoria

O advogado Tiago Cedraz – filho do ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU) – é um dos alvos de busca da 45ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã quarta-feira (23) em Salvador, Brasília e Cotia (SP).

Informações da rede Globo dão conta de que há uma intimação para que Tiago Cedraz compareça imediatamente à superintendência regional da Polícia Federal, em Brasília, para prestar depoimento.

A ação cumpriu quatro mandados de busca e apreensão e é um desdobramento da 44ª etapa, que prendeu o ex-deputado federal ex-petista Cândido Vaccarezza, e foi batizada de Abate II.

Segundo a PF, a atual fase investiga dois advogados que participaram de reuniões nas quais o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da Petrobras, teria sido planejado. Eles teriam recebido comissões pela contratação de uma empresa americana pela estatal, mediante pagamentos em contas mantidas na Suíça em nome de off-shore, segundo as investigações.

As informações são de reportagem de Adriana Justi, Camila Bonfim e José Vianna no G1.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters:

A Polícia Federal foi às ruas nesta quarta-feira para cumprir mandados de busca e apreensão em Brasília, São Paulo e Bahia como parte das investigações de esquema criminoso na Petrobras envolvendo a empresa norte-americana Sargeant Marine e o ex-deputado federal Cândido Vaccarezza, em um avanço de operação deflagrada na semana passada.

Segundo a PF, novos elementos colhidos na investigação policial apontaram a participação de dois advogados em reuniões nas quais o esquema criminoso, com o pagamento de propinas a agentes da Petrobras, teria sido planejado, além do pagamento de comissão a esses advogados pela contratação da empresa norte-americana.

A PF prendeu na semana passada Vaccarezza, ex-deputado pelo PT que foi líder dos governos Lula e Dilma na Câmara, acusado de receber cerca de 500 mil dólares em propina por intermediar contratação pela Petrobras da empresa norte-americana Sargeant Marine para fornecimento de asfalto.

O ex-deputado, no entanto, foi solto na noite de terça-feira.