Política
Servidores técnico-administrativos da Ufal cruzam os braços nesta 4ª
Sintufal realiza panfletagem para alertar sobre efeitos de medidas adotadas por Michel Temer
O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) cruzam os braços nesta quarta-feira (2) em virtude do Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública, organizado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra).
No início da manhã, os trabalhadores realizaram panfletagem na entrada do Campus A.C. Simões, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e depois em frente ao prédio da Reitoria da instituição.
Segundo Davi Fonseca, coordenador-geral do Sintufal, a atividade serve para alertar à comunidade acadêmica sobre os efeitos das reformas trabalhista e previdenciária – esta última em trâmite no Congresso Nacional –, além de outras medidas anunciadas e adotadas pelo governo Michel Temer (PMDB).
“As manifestações pelo país são para denunciar a crise orçamentaria que vive as instituições educacionais, que tendem a se agravar com medidas como o PDV [Programa de Demissão Voluntária], redução de jornada com redução de salário, terceirizações e aumento alíquota de contribuição previdenciária dos servidores públicos”, comenta Davi.
O coordenador-geral do Sintufal também destaca que a mobilização da Ufal também alerta para a votação da denúncia da Procuradoria Geral da República desta quarta-feira na Câmara dos Deputados contra Michel Temer.
De acordo com Davi, as medidas governamentais atingem diretamente as universidades públicas federais e podem leva-las a suspender serviços ou, até mesmo, fechar definitivamente.
“O orçamento desse ano da Ufal já foi reduzido e algumas instituições têm colocado a dificuldade de continuidade dos serviços. Esse ainda não é o caso da Ufal, ao que parece, mas certamente está trazendo prejuízos para a qualidade dos serviços, ainda que o ano letivo não seja interrompido, outros serviços podem ser”, diz.
Ainda segundo ele, o déficit de servidores deve ser o primeiro reflexo das medidas adotadas por Brasília.
“A gente vive a situação de que não há mais concursos e se já tínhamos déficit de servidores, ele está aumentando porque, com temor a reforma da previdência, as pessoas têm procurado se aposentar mais rápido e esse efetivo não está sendo reposto. Isso vai impactar na qualidade dos serviços”, afirma Davi Fonseca.
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