Política

Com viagem marcada, FHC não tem agenda confirmada com Michel Temer

Tucano foi convidado para se reunir com Temer, mas, segundo assessoria, não tem reunião agendada com o presidente nesta segunda

Por G1 SP 11/07/2017 01h12
Com viagem marcada, FHC não tem agenda confirmada com Michel Temer
Reprodução - Foto: Assessoria
O ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB) viajará de férias para a Europa nesta terça-feira (10) e ficará três semanas fora do país, segundo informou a sua assessoria de imprensa. Questionada sobre o possível encontro com Michel Temer (PMDB), a assessoria de imprensa do tucano disse que ele não tem reunião agendada com o presidente nesta segunda (9). Devido à viagem, FHC não terá como se reunir com Temer.

O convite de Temer para se reunir com FHC, antecipado pelo blog da Andréia Sadi, era para os dois discutirem o cenário político em meio à ameaça de desembarque do PSDB do governo.

Nesta segunda-feira, FHC participará de reunião do PSDB no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado de São Paulo, às 19h30, para discutir se o partido deve se manter na base aliada do governo federal.

Questionada sobre o possível encontro com Temer, a assessoria de imprensa do ex-presidente disse que a reunião não estava em sua agenda e que não chegou a ter uma data marcada. A assessoria explicou, no entanto, que o encontro não foi recusado por FHC.

No período da tarde, ainda segundo a assessoria de FHC, ele não teria como se reunir com Temer porque tem uma consulta médica marcada.

Reunião da cúpula do PSDB

Deverão participar do encontro no Palácio dos Bandeirantes também o prefeito de São Paulo, João Doria, deputados e senadores tucanos, além do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, anfitrião da reunião.

A reunião da cúpula do PSDB nesta segunda-feira ocorre após Temer ter sido denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelo crime de corrupção passiva. De acordo com o governador Geraldo Alckmin, o encontro servirá para que se faça uma "avaliação".

"A reunião não é para decidir se [o PSDB] deixa ou não o governo. Isso quem pode fazer é a executiva do partido. [...] Não será tomada nenhuma decisão, é apenas uma avaliação", declarou.

No domingo (9), Alckmin havia afirmado que não há "nenhuma razão" para que o PSDB permaneça na base do governo de Temer após a definição do andamento das reformas trabalhista, previdenciária e política.

A votação da reforma trabalhista no Senado está prevista para a próxima terça-feira (11). A reforma da Previdência chegou a ser votada em comissão especial, mas travou depois do agravamento da crise política.

O prefeito João Doria disse, também no domingo, que não defende que o partido se mantenha no governo. Governador e prefeito participaram na manhã de domingo de evento em comemoração à Revolução Constitucionalista de 1932.