Política
Michel Temer deixa casa de advogado em São Paulo
Chefe do Executivo foi visto nos Jardins
O presidente Michel Temer (PMDB) deixou a casa do seu advogado, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, na tarde deste sábado (1º), nos Jardins, região nobre de São Paulo. Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, Temer viajou à capital paulista para se reunir com seu defensor.
Temer foi visto saindo da casa de Mariz por volta das 15h40 na Rua Bela Cintra. Após de encontrar com seu advogado, o presidente parou em um imóvel também na região dos Jardins e deixou o local às 17h30. Em seguida, o presidente foi para sua casa no Alto de Pinheiros, na Zona Oeste. Não há informações se ele retorna ainda neste sábado a Brasília.
Apesar de a assessoria de imprensa não confirmar o local exato do encontro, os carros que acompanham o presidente quando ele está em São Paulo foram vistos em frente à casa do advogado desde o início da tarde deste sábado.
O presidente embarcou no início da manhã deste sábado em Brasília e chegou a São Paulo por volta das 10h30. Às 11h ele foi para seu escritório no bairro do Itaim Bibi, na Zona Sul, e depois seguiu para a casa de Mariz.
Michel Temer foi denunciado nesta semana ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria Geral da República, pelo crime de corrupção passiva, com base nas delações de executivos da JBS.
Além da condenação, o procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu a perda do mandato de Temer, "principalmente por ter agido com violação de seus deveres para com o Estado e a sociedade".
Análise da denúnciaA denúncia está na Câmara dos Deputados, a quem cabe autorizar o STF a analisar a acusação. Para seguir ao Supremo, a peça do Ministério Público Federal precisa do apoio de, pelo menos, 342 deputados.
Antes de ser votada pelo plenário, porém, a denúncia será discutida na Comissão de Constituição e Justiça. Independentemente do resultado na CCJ, a denúncia seguirá para o plenário.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já defendeu que a análise da denúncia ocorra "o mais rápido possível", mas sem "atropelos". Temer foi notificado na última quinta e tem o prazo de 10 sessões do plenário da Câmara para entregar a defesa.
Temer x PGRNa última terça (27), um dia após ser denunciado, o presidente fez um pronunciamento no qual se disse "vítima de infâmia de natureza política"; cobrou provas "robustas"; e declarou que a denúncia é uma "peça de ficção".
Em resposta, o procurador-geral, Rodrigo Janot, afirmou que há "fartos elementos de prova" contra o presidente da República.
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