Política
PF diz que não houve edição em áudio de conversa entre Temer e dono da JBS
Laudo aponta mais de 100 interrupções, mas nenhuma realizada depois da gravação, diz jornal
A PF (Polícia Federal) concluiu que o encontro gravado entre o presidente Michel Temer (PMDB) e o empresário Joesley Batista, da JBS, não foi editado. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o laudo sobre a gravação aponta para mais de 100 interrupções, mas nenhuma delas realizada depois da gravação.
Especialistas consultados pela publicação afirmam que o modelo de gravador utilizado pelo dono da JBS realiza "cortes" em momentos em que há silêncio com a intenção de economizar bateria e espaço na memória do aparelho.
O laudo já foi encaminhado à PGR (Procuradoria-Geral da República), que tem até segunda-feira (26) para decidir se apresenta denúncia contra Temer. A divulgação do áudio da conversa entre o peemedebista e Joesley, há pouco mais de um mês, desencadeou a mais grave crise política do governo Temer.
Com base na delação de Joesley e outros executivos da J&F, controladora da JBS, que inclui o áudio, o Supremo autorizou a abertura de inquérito para investigar Temer por suspeita de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa.
A tese de que a gravação havia sido editada era um dos principais argumentos da defesa do presidente para desqualificar a delação de Joesley.
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