Política
Ministro nega pedido de Aécio para ser julgado no plenário e não na turma
Para defesa do senador, pedido de prisão é "da mais alta relevância e gravidade"
Nesta sexta (16), o advogado de Aécio, Alberto Toron, enviou ofício a Marco Aurélio reivindicando o julgamento do pedido pelo plenário e não pela Primeira Turma do tribunal.
O julgamento do pedido de prisão e o recurso de Aécio contra o afastamento do mandato estão na pauta da sessão da próxima terça-feira (20) da Primeira Turma. Nesta semana, por 3 votos a 2, a turma negou pedido de liberdade para Andrea Neves, irmã do senador.
No ofício, o advogado Alberto Toron argumentou que o pedido de prisão é questão "da mais alta relevância e gravidade" e que, por isso, deveria ser remetido ao plenário da Corte.
"O desfecho desfavorável a uma das defesas é insuficiente ao deslocamento [para o plenário]", escreveu Marco Aurélio em sua decisão.
Marco Aurélio Mello também negou outro pedido da defesa, de mais dez dias para apresentar a defesa do senador afastado na análise do pedido de prisão.
O advogado que defende o tucano sustentou que a PGR incluiu um fato novo quando reiterou o pedido de prisão, que já tinha sido negado uma vez. Na segunda vez, Janot anexou uma foto na qual Aécio aparece reunido com senadores aliados discutindo a pauta do Congresso quando já estava afastado do mandato parlamentar.
Na decisão, Marco Aurélio afirmou que o fato novo apontado pela defesa poderá ser contestado no processo, o que, segundo ele, atende ao princípio da ampla defesa.
Aécio Neves já foi denunciado pela PGR ao Supremo pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Desde o mês passado, ele está afastado do mandato por decisão do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo. Além do pedido de prisão, há previsão de a turma analisar também um pedido da defesa de Aécio para que ele retorne ao exercício do mandato.
A prisão e o afastamento de Aécio Neves foram pedidos, segundo a PGR, para evitar que ele atrapalhe as investigações. Em delação premiada, o empresário Joesley Batista – um dos donos do frigorífico JBS –, entregou uma gravação de 30 minutos na qual o senador e presidente nacional do PSDB pede R$ 2 milhões para, supostamente, pagar a defesa dele na Lava Jato.
Toron argumenta ainda que a Constituição garante imunidade aos parlamentares quando se trata de pedidos de prisão preventiva, sem que haja um crime flagrante.
"O que se tem é a revogação escancarada da garantia constitucional quanto à imunidade prisional do parlamentar", diz a defesa de Aécio sobre o pedido de prisão feito pela PGR. "Evidente, portanto, a relevância da questão, que, aliada ao seu caráter pioneiro, reclama o crivo do Pleno desta eg. Corte Suprema", afirmou.
Além do caso JBS, Aécio é alvo de outras sete investigações no Supremo. Cinco foram abertas a partir de delações da empreiteira Odebrecht e outras duas a partir de delação do senador cassado Delcídio do Amaral, sobre Furnas e sobre o chamado mensalão mineiro.
Mais lidas
-
1Grave acidente
Jogador da base do CSA tem amputação parcial de uma das pernas
-
2Falência
Laginha: Alagoas vai receber R$ 160 milhões
-
3A hora chegou!
‘A Fazenda 16’: Saiba quem vai ganhar e derrotar os adversários no reality da Record TV
-
4Streaming
O que é verdade e o que é mentira na série Senna, da Netflix?
-
5Provedores de Internet
Associação denuncia ataque em massa que pode prejudicar mais de meio milhão de internautas em Alagoas