Política
Temer cometeu novo crime de responsabilidade ao espionar Fachin
Opinião é do jurista Modesto Carvalhosa, que comentou a iniciativa do presidente de usar a Abin para espionar o ministro STF
Michel Temer, que está prestes a ser denunciado por corrupção, organização criminosa e obstrução judicial, cometeu novo crime de responsabilidade.
A opinião é do jurista Modesto Carvalhosa, que comentou a iniciativa de Temer de usar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou a ação controlada sobre a JBS.
"É extremamente grave que um órgão de segurança nacional seja utilizado para proveito pessoal. Configura crime de responsabilidade por abuso de poder", diz Carvalhosa.
A ação, negada por Temer, teria sido feita sob o comando do general Sergio Etchegoyen, do Gabinete de Segurança Institucional, segundo reportagem de Robson Bonin, Marcela Mattos e Thiago Bronzatto.
Nos próximos dias, a tropa de choque de Temer no Congresso pretende usar informações sobre Fachin na CPI da JBS, que também sido alvo de abuso de poder por parte de Temer.
Salvo ontem por Gilmar Mendes, ele já mobilizou Caixa Econômica, Petrobras, Carf, Cade e CVM, entre outros órgãos federais, com o propósito de quebrar a empresa, que teve créditos suspensos antecipadamente, fornecimento de gás cortado e foi também alvo de ações da Polícia Federal posteriores à Operação Patmos, que abateu Temer.
A grande questão agora é: como reagirão os demais ministros do Supremo Tribunal Federal, a OAB e entidades da magistratura às evidências de que Temer espionou um juiz?
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