Política

Thomaz Nonô e Aldo Rebelo são exceções na Câmara dos Deputados

Ex-presidentes passam incólumes na lista de enrolados com a Justiça

Por Tribuna Independente 09/06/2017 08h33
Thomaz Nonô e Aldo Rebelo são exceções na Câmara dos Deputados
Reprodução - Foto: Assessoria

Um estudo realizado por uma equipe de consultoria política de Brasília divulgou ontem uma lista com o nome dos últimos 13 presidentes da Câmara Federal e desses apenas dois não estavam enrolados criminalmente na Justiça. Trata-se dos alagoanos: Aldo Rebelo (PCdoB) e José Thomaz Nonô (DEM).

Aldo Rebelo foi presidente da Câmara de setembro de 2005 a fevereiro de 2007. Ele foi eleito após disputa acirrada em segundo turno contra o então deputado federal José Thomaz Nonô, ainda no antigo PFL que veio a se tornar Democratas.

Rebelo, que era candidato do presidente Lula (PT), recebeu 258 votos, contra 243 de Nonô que representava a oposição.

Sobre o estudo que vem sendo divulgado, Rebelo se limitou a dizer que não teve acesso a informação, mas que de fato nunca teve empecilho nenhum com a justiça.

“LIMPINHO, LIMPINHO”

Em contato com a reportagem da Tribuna Independente, Nonô, que assumiu interinamente pelo período de apenas sete dias, de 21 a 28 de setembro de 2005, após renúncia do então presidente Severino Cavalcanti (PP), acusado de corrupção, não se mostrou surpreso com o levantamento feito sobre seu nome.

“Passei 24 anos na Câmara, limpinho, limpinho. Quando fui eleito vice-presidente da Câmara, a [revista] Veja fez uma matéria sobre os membros dela e desceu o cacete em todos. Só sobrou o José Thomaz Nonô, pois não tem o que falar de mal dele. Meus amigos, meus eleitores, o pessoal tem que ter orgulho disso principalmente num momento tão delicado desse e eu me sinto bem. É isso que permite que eu vá ao supermercado, ao banco. Acho que todo mundo que votou comigo não se arrependeu e quem não votou me respeita”, disse Nonô, atualmente é secretário de Saúde de Maceió.

ENROLADOS

O levantamento mostra também os enrolados com a justiça e acusados de crimes de corrupção. Destaque para Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atualmente detido por envolvimento na operação Lava Jato.