Política
Joesley diz que vendeu imóvel superfaturado para repassar dinheiro a Aécio
Segundo dono do frigorífico JBS, imóvel foi vendido a pessoa indicada por Aécio por R$ 17 milhões
O dono do frigorífico JBS Joesley Batista disse em delação premiada na Lava Jato que vendeu um "imóvel superfaturado por R$ 17 milhões" a uma pessoa indicada por Aécio Neves e que o objetivo da transação era fazer o dinheiro chegar até o senador do PSDB de Minas. Segundo Joesley, o pagamento foi por via bancária "oficial".
O documento da Procuradoria-Geral da República (PGR) que relata o depoimento de Joesley afirma que a venda ocorreu depois de uma campanha eleitoral de Aécio, mas não especifica de que ano. Segundo Joesley, o grupo foi "o maior doador de Aécio", que teria recebido doações também por caixa 2.
Outro delator do grupo, o diretor de relações institucionais da J&F, Ricardo Saud, afirmou à PGR que a empresa "comprou" dívidas de Aécio com terceiros.
As informações sobre os depoimentos de Joesley e Saud constam no pedido de inquérito 4483, apresentado ela PGR e autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (18), para investigar Aécio, o presidente Michel Temer e o deputado federal Rodrigo Rocha Loures. Aécio e Rocha Loures foram afastados dos cargos por decisão do Supremo.
Pedidos
Segundo o documento da PGR, Saud disse em depoimento que Aécio "vinha passando dificuldades financeiras" e que como o grupo foi "o maior ou segundo maior doador" de campanha, ele os procurou para pedir dinheiro.
Saud contou ainda, segundo a PGR, que Joesley "correu" de Aécio e que o senador prometia agir em favor do grupo, mas que "nunca fez nada". No documento, consta que Saud disse que as empresas dos irmãos Batista doaram para Aécio cerca de R$ 80 milhões, mas que depois o senador continuou pedindo mais dinheiro.
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