Política

Novo presidente estadual é eleito e PT busca alianças com a classe trabalhadora

Ricardo Barbosa já traça algumas metas da legenda em Alagoas

Por Tribuna Independente 09/05/2017 10h03
Novo presidente estadual é eleito e PT busca alianças com a classe trabalhadora
Reprodução - Foto: Assessoria

No domingo (7), o Partido dos Trabalhadores (PT) em Alagoas elegeu seu novo presidente.

Trata-se de Ricardo Barbosa, que já dirigiu o diretório municipal e terá pela frente o desafio de resgatar a força da sigla no Estado. Em entrevista à reportagem da Tribuna Independente, ele destacou o resultado do congresso estadual que mostrou a força da unidade do partido e falou também sobre as alianças que pretende fazer.

“O resultado do congresso foi muito importante na história do PT, pois foi a primeira vez que nós elegemos um presidente de diretório por aclamação de todos os delegados, de todas as forças políticas. Estamos trabalhando dentro de um clima de unidade política dentro do partido, a gente compreende que o momento agora é de colocar o PT como uma ferramenta na luta dos trabalhadores contra essas reformas que estão ameaçando os direitos deles. Esse é o primeiro desafio do partido. Independentemente dessa questão política e de alianças. Num primeiro momento nós queremos fazer alianças é com setores das classes trabalhadoras e com partidos políticos da esquerda, mas que esses tenham o compromisso de estar lutando contra os ataques que estão vindo do governo Temer”.

Questionado se acredita que uma aliança com o PSOL seria bom para o PT, Barbosa afirmou que sim, pois para ele a aliança que estão buscando é em prol de um único objetivo, a luta pelos diretos dos trabalhadores.

“A aliança que nós estamos querendo buscar não é uma política, partidária ou eleitoral.”

“Em 2018 faremos uma nova discussão sobre as alianças, pois vai depender muito da conjuntura e de como ela vai se dá. Se o PT e os movimentos forem derrotas, 2018 pode se trazer um quadro muito difícil para gente. Onde nós poderemos nem ter candidato à presidência da República, pois o Lula está sendo perseguido cotidianamente. O objetivo dos golpistas, do juiz Sérgio Moro e da Operação Lava Jato é inviabilizar a candidatura do Lula”.

Partido vai estudar apoio a outros nomes

O novo presidente do PT em Alagoas também falou de um possível apoio do partido para o pré-candidato a presidente do país pelo PDT, Ciro Gomes, que em recente entrevista para a Tribuna Independente confirmou que só será candidato se o Lula não for.

“É uma discussão a se fazer porque o que acho mais importante no momento é nós construirmos um programa para 2018, que vai de encontro com os atuais golpistas. Lula tem que ser o responsável por levar o nosso programa. Se inviabilizarem a candidatura do Lula, o que se dispuser a levantar esse programa a frente nós vamos apoiar, seja Ciro [Gomes] ou qualquer outro”, explicou Ricardo Barbosa.

Barbosa deixou também as portas abertas para uma reaproximação com o senador Renan Calheiros.

“Outros poderão vir. Na ultima entrevista que concedi à Tribuna, eu falei do Renan. Ele agora é um dos grandes opositores do presidente Temer lá no Senado, declaradamente. Como também os senadores Roberto Requião e Kátia Abreu que são do PMDB que é o partido golpista. Outros também poderão vir, mas isso vai depender muito da conjuntura. Agora o que a gente precisa é desestabilizar esse governo, desestabilizar esse golpe, para poder barrar essas reformas que estão ameaçando os diretos dos trabalhadores no Brasil”.

Sobre a formação do diretório, o presidente disse que ainda vai se reunir com os representantes das chapas para analisar a proporcionalidade e fazer a chamada dos nomes para compor a diretoria.