Política

Deputado Sérgio Toledo declina de ser líder e anuncia secretário

João Amaral deve substituir Pablo Viana na Secretaria de Ciência e Tecnologia

Por Tribuna Independente 03/03/2017 08h00
Deputado Sérgio Toledo declina de ser líder e anuncia secretário
Reprodução - Foto: Assessoria

Com seu nome sendo um dos cotados para assumir a liderança do governo Renan Filho (PMDB), na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o deputado Sérgio Toledo (PSC), garante que não houve conversa entre ele e o chefe do Executivo sobre o assunto.

Além disso, o parlamentar falou de forma indireta que seu genro, João Paulo Amaral, vai assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, em substituição a Pablo Viana, que está como titular da Pasta desde janeiro de 2015. Toledo, no entanto, garante que não indicou Amaral ao cargo.

“A indicação dele [João Paulo Amaral] foi técnica. Não houve nada de conversa comigo para nomeá-lo. É uma pessoa que é ligada ao próprio governo. Não teve nada de indicação política minha”, explicou o deputado em contato com a reportagem da Tribuna Independente.

Sobre a sua ida para a liderança do governo na Casa Legislativa, Toledo disse que não teve nenhuma conversa com o governador.

“Até hoje não tive nenhuma conversa com o governador sobre isso. O que eu tenho conhecimento é que ele está analisando quem seria o líder”.

Questionado se o fato de ser pré-candidato a deputado federal nas eleições do ano que  vem significaria um impedimento para ele assumir a liderança, o parlamentar disse essa não seria a questão.

“Não é a questão de ser candidato a federal ou estadual ou não ser candidato. A indicação de líder é muito pessoal. Não é uma questão de ter menos influência ou mais, que transita em todas as áreas na Casa. Ninguém pode colocar um líder por apenas achar que aquele é mais alto do que o outro. É um critério pessoal e que precisa de entrosamento com o governador”.

Toledo disse ainda que para aceitar um possível convite do governador Renan Filho, dependeria muito do momento.

Não faço campanha para ser líder. Líder é uma missão ingrata, é uma missão que poucas pessoas querem. A gente se dedica a liderança quase que 90% do tempo. Por exemplo, se eu fosse líder de qualquer governo, porque não é só o do Renan Filho, inclusive eu já fui líder de governo e sei o que é isso, precisa ter uma grande dedicação. Ter uma boa relação com todos os secretários de Estado. Porque você chegar na Assembleia e um deputado fizer uma crítica ao governo, você precisa ter os elementos de defesa. Por esse lado, você tem que refletir muito em aceitar uma liderança de governo”, ressalta.

Além de Sérgio Toledo, outros nomes já estão sendo sondados pelo governador, a exemplo de Galba Novaes (PMDB), Jó Pereira (PMDB) e Antonio Albuquerque (PTB).

“O cargo é honroso, mas eu nunca fui nem sondado pra isso. Liderança de governo só pode ser alguém que o governador escolha. Não pode haver um movimento para indicar um líder. Opinião política minha. Alguém que preencha os requisitos, que tenha uma liderança natural. Que conheça o parlamento, que conheça a política”, avalia Albuquerque.

Galba Novaes também seguiu a mesma linha de Albuquerque e disse não ter sido procurado pelo governador Renan Filho. “Sempre tive uma ideia de parlamento como seguinte. Líder de bancada quem escolhe é a bancada. Líder de governo quem escolhe é o governador. É uma coisa pessoal. Na realidade o que eu acho é que o governador tem muitos nomes, excelentes nomes na Casa e o governador naturalmente irá escolher um líder que tenha mais tempo de fazer as legitimas defesas dos projetos, explicações. Porque a liderança, você não tem ela como bônus, e sim como ônus. Não é fácil você ser líder. Não houve conversa comigo e não posso dizer se ele conversou com os outros, sei que comigo não conversou”.

A deputada Jó Pereira, que vem se mostrando como a maior defensora do governo e o líder do PMDB na Casa, Ricardo Nezinho, foram procurados pela reportagem, mas até o fechamento da edição não atenderam seus telefones.