Política

Renan Filho diz que Alagoas é um dos poucos estados a reduzir violência no país

Em entrevista focada em segurança, governador ressalta trabalho que vem sendo feito

31/01/2017 15h53
Renan Filho diz que Alagoas é um dos poucos estados a reduzir violência no país
Reprodução - Foto: Assessoria

Na tarde desta terça-feira (31), em entrevista à TV Gazeta, o governador Renan Filho falou sobre as questões de violência na capital e como o governo de Alagoas está lidando para reduzir os índices, mesmo em um período complicado em que está o pais, que já resultou em várias mortes em presídios de três estados, por conta do confronto entre facções. Para o mandatário do estado, Alagoas é um dos poucos estados a reduzir violência em momento que ele classificou como de ‘crise’.

Uma das ações destacadas pelo governador foi inauguração de 700 vagas no novo Presídio de Segurança Máxima. Ele acredita que as vagas, em conjunto com o presídio do Agreste, não geraram conflitos similares a AM, RN e RR. “Isso está ajudando muito a gestão dos presídios. Nós temos também um presídio terceirizado no Agreste que tem uma condição de segurança muito acima da média nacional. É por isso que esses problemas não aconteceram aqui dentro do sistema prisional. Alagoas é um dos poucos estados no Brasil que, nessa crise inteira, reduz violência. Maceió é um grande exemplo disso”, falou.

Sobre o modelo de terceirização adotado no presídio do Agreste, Renan Filho afirmou que o custo do preso em Alagoas é de R$ 3.400 e que o bom trabalho na unidade será mantido. “Nós vamos manter a segurança do presídio, é justamente daquele presídio que as facções criminosas reclamam. Porque lá tem bloqueador de celular, tem um sistema mais rígido”, relatou.

Renan Filho também comentou sobre a superlotação nas unidades prisionais em Alagoas. Ele acredita que as 700 novas vagas vão dar um desafogo e deixar a situação menos grave do que é. Ele destaca que R$ 45 milhões foram liberados pelo governo federal para novas vagas e que Alagoas deve ser o primeiro estado a atingir a meta “Nossa situação é melhor do que a média nacional. No nosso sistema, por exemplo, o Baldomero já não está com a superlotação muito alta. Nós temos o Cyridião e o Cadeião com uma superlotação um pouco acima da média do estado“ pontuou.

O mutirão carcerário que ocorre no estado também foi alvo de questionamentos pela grande quantidade de presos provisórios. Renan disse que nem todo provisório deve ser detido. Os acusados de crimes mais graves devem seguir detidos, porém delitos menores devem ter pena convertida em uso de tornozeleira eletrônica. “Nós precisamos, nos crimes de baixa magnitude, colocar presos com uso de tornozeleira eletrônicas. Em Alagoas, nós temos 800 deles. Precisamos acompanhar isso porque o cidadão também não deseja que você solte o preso perigoso para a sociedade. Aqui em Alagoas nós não vamos fazer isso”, frisou o governador.

Sobre a reivindicação de concurso público para agentes penitenciários, Renan Filho citou outras áreas como prioridade, como a Educação, Saúde e Segurança Pública na figura de concursos para policiais, mas disse que outras categorias terão demandas de concurso avaliadas apenas quando o governo tiver realizado as contratações prioritárias.

“Nós estamos avaliando qual o melhor modelo a seguir com os agentes penitenciários. Um amplo diálogo, eu tive uma negociação muito importante com a categoria, nós estamos valorizando os agentes penitenciários pelo trabalho nos dias de visita, eles têm feito um grande trabalho nesse momento. O governo vai sim contratar mais professores, mais médicos e mais policiais militares. Assim que o governo puder fazer tudo isso, nós vamos avaliar também outras categorias”, declarou.