Política

Indígenas querem monitores em aldeias de Alagoas

Seduc diz ser improcedente a informação de que professores não poderiam dar aulas em comunidades

25/01/2017 08h21
Indígenas querem monitores em aldeias de Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria

Após reunião com representantes de comunidades indígenas, a Procuradoria Geral do Estado decidiu que vai analisar o pedido de reconsideração feito pela Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) para o edital de contratação de professores indígenas. Resposta será dada na quarta-feira da próxima semana.

O procurador Francisco Malaquias, em entrevista com a reportagem da Tribuna Independente, explicou que o processo não vai atrapalhar o início do ano letivo.

“Expliquei para os grupos indígenas como se dá o trâmite do processo aqui na procuradoria e há um pedido de reconsideração porque nós havíamos indeferido a contratação no termo proposto pela Secretaria de Educação. Mas a Seduc nos trouxe novos elementos e vamos analisar eles. Como a situação é para evitar que não se atrase o início do ano letivo, coloquei como caráter de emergência no processo que ele deve ser analisado dentro de cinco dias úteis”, ressaltou Malaquias.

Antes de encontrar o procurador-geral do Estado, o grupo indígena esteve na sede da Secretaria de Educação para protestar sobre a possível suspensão do edital de contratação de professores indígenas feito pela Procuradoria.

Por meio da assessoria de comunicação, a Seduc alegou que na verdade parte do povo indígena chegou antes do horário combinado com o secretário de Gestão Interna, Sérgio Newton, e preferiu esperar os demais do lado de fora. “Os indígenas foram convidados a entrar e tiveram acesso a banheiros e bebedouros. Inclusive, o convite para que participassem da reunião na PGE partiu da Seduc, em reunião realizada na semana passada. Eles alegam que professores indígenas não vão poder dar mais aulas, e a informação não procede. Mesmo que o processo de seleção simplificada não seja aprovado, os contratos de 2014 serão prorrogados, não comprometendo as aulas nas aldeias”, explicou a assessoria.

A assessoria acrescentou ainda que o último processo seletivo para a contratação de professores indígenas nas escolas da rede estadual na data de 2014 e expirou no final de 2016. “O edital em análise na PGE dará lugar a um novo processo seletivo, com duração de dois anos”, informou a Seduc.