Política

Teori analisava propostas de delação de 77 executivos da Odebrecht

Ministro trabalhou nesta semana autorizando diligências

Por R7, com agências 19/01/2017 17h58
Teori analisava propostas de delação de 77 executivos da Odebrecht
Reprodução - Foto: Assessoria

Nesta semana, mesmo durante o recesso do Judiciário, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), já trabalhava em seu gabinete. O motivo era a análise das 77 propostas de delação premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht, encaminhadas pelo Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no fim do ano passado.

Teori é o relator da Lava Jato no Supremo e durante essa semana determinou diligências e preparou audiências com os delatores para os próximos dias. Antes do recesso, ele havia afirmado que a sua equipe não pararia para poder homologar as delações o mais rápido possível.

Ainda na terça-feira (17) Teori deu os primeiros despachos, determinando diligências nas petições relacionadas a Odebrecht. O material é mantido sob sigilo no Supremo. De Davos, na Suíça, o procurador-geral da República já havia informado que pediria o fim dos sigilos das delações, o que os investigadores esperavam para a primeira quinzena de fevereiro.

A expectativa de investigadores é de que Teori atenda ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e retire o sigilo da maioria dos cerca de 900 depoimentos, tão logo as delações sejam homologadas. Isso deve ocorrer após o fim do recesso do Judiciário, nos primeiros dias de fevereiro. Na última sessão do STF em 2016, Teori Zavascki havia dito à imprensa que não tinha como dar um prazo para a conclusão das homologações. Mas afirmou, no entanto, que "da parte que me toca, não vai ter atraso". O ministro também havia lamentado o fato de que conteúdos de delações tivessem vazado, mas não deu indícios de que isso poderia acarretar em algum prejuízo processual.