Política

Sindicato acusa ex-prefeito Celso Luiz de desviar verba do Fundeb

12/01/2017 20h11
Sindicato acusa ex-prefeito Celso Luiz de desviar verba do Fundeb
Reprodução - Foto: Assessoria

Sindicato dos Servidores de Canapi acusa o ex-prefeito, Celso Luiz (PMDB) de se envolver em mais um esquema de corrupção na Prefeitura. Diante do extrato bancário do mês passado, onde mais de R$ 7,5 milhões entraram oriundos de precatórios do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e da Valorização do Magistério), o Sindicato afirma que esses valores foram depositados em diversas contas de empresas suspeitas e de pessoas físicas com valores altíssimos. Entre as pessoas físicas, aparece o nome do “manda-chuva” da região, Celso Luiz, que teve o “privilégio” de obter 19 depósitos de R$ 10.657.61  totalizando R$ 202.494.52.

Com isso, o Sindicato dos Servidores fez um amplo relatório do referido crime e já encaminhou também para o MPE, MPF,  Gecoc, Tribunal de Contas de AL e Polícia Federal, cujas investigações começaram ontem, dia 11, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, da portaria de 001/2017 da Promotoria de Mata Grande/AL. “Queremos cadeia para essa bando” disse indignado um dirigente sindical.

O mentor de todo o esquema é o vice-prefeito, Vieira do Povão (PT do B), que estava à frente da Prefeitura durante os últimos cinco meses da gestão passada. Ele assumiu o cargo por conta do afastamento de Celso Luiz que havia sido investigado pela Polícia Federal durante a “Operação Triângulo das Bermudas”, em dezembro de 2015. Na ocasião, Celso Luiz teria desviado misteriosamente mais de R$ 10 milhões dos cofres públicos; dinheiro também do Fundeb.

“Detalhe é que os R$ 7,5 milhões estavam até então bloqueados por determinação do Tribunal de Contas de Alagoas, justamente por desconfiança do grupo que estava no poder; só em dezembro agora, houve o desbloqueio, a fim de que o dinheiro fosse destinado exclusivamente para o pagamento de despesas enquadráveis à Legislação do Fundeb, o que pouco se viu com o referido valor milionário”, comentou o dirigente sindical, que pediu para manter seu nome em sigilo.