Política

Manaus: Papa expressa sofrimento por massacre e por situação de presídios

Francisco fez um apelo para que as unidades prisionais sejam locais de reeducação e ofereçam condições adequadas para os detentos

Por Reuters 04/01/2017 10h09
Manaus: Papa expressa sofrimento por massacre e por situação de presídios
Reprodução - Foto: Assessoria

O papa Francisco expressou nesta quarta-feira (4) dor e preocupação pela rebelião sangrenta em um presídio de Manaus que deixou 56 mortos esta semana, e fez um apelo para que todas as penitenciárias sejam locais de reeducação e ofereçam condições adequadas para os detentos.

"Ontem recebemos a notícia dramática do massacre em uma prisão de Manaus, onde um confronto extremamente violento entre gangues rivais provocou dezenas de mortos. Estou sofrendo e preocupado com o que aconteceu", disse o papa durante um pronunciamento regular.

"Peço orações pelos mortos, por suas famílias, por todos os presos nessa prisão e por todos que trabalham lá. Também apelo novamente para que todas as instituições penitenciárias sejam locais de reeducação e reintrodução à sociedade, e para que os presos vivam em condições adequadas para seres humanos."

Um motim iniciado na noite deste domingo (1º) dentro do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que só terminou na segunda-feira, deixou 56 mortos como resultado de uma briga entre facções rivais.

A rebelião foi a mais violenta no país desde o episódio conhecido como Massacre do Carandiru, em São Paulo, em 1992, que terminou com 111 presos mortos, quase todos em decorrência do confronto com a polícia, que invadiu a casa de detenção para retomar o local.

Além dos mortos no Compaj, mais quatro presos foram mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), na zona rural de Manaus, elevando para ao menos 60 o números de presos mortos esta semana no Amazonas.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse na terça-feira (3) que a situação nos presídios do Estado era "tensa", mas "sob controle".