Política
Gestões de Anadia e Lagoa da Canoa determinam suspensão de serviços
Decisões judiciais implicam em bloqueio de recursos e prefeitos contestam
Uma liminar expedida na quarta-feira (14) pela Justiça determinou o bloqueio de todas as contas da Prefeitura de Lagoa da Canoa, localizada no Agreste alagoano. A determinação é fruto de uma ação proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal).
A ação solicita o bloqueio de 60% dos recursos oriundos do precatório que, de acordo com o prefeito Álvaro Melo (PMDB), ainda não entraram na conta do município.
“A ação visava o bloqueio de parte dos recursos oriundos dos precatórios que ainda não caíram na conta. Mas a Justiça, de forma equivocada, acabou bloqueando todas as contas do Município e inviabilizando a prestação de serviços básicos à população”, lamentou o prefeito Álvaro Melo.
Sem dinheiro nas contas, no início da tarde de quarta-feira o prefeito determinou a suspensão de toda a prestação de serviços do município, a exemplo da limpeza pública, coleta de lixo, transporte escolar, ambulâncias, carros-pipas, além do fechamento da única maternidade do município.
“A população de Lagoa da Canoa não pode pagar por algo que considero um grave equívoco da Justiça. Não podemos continuar mantendo algo que não temos a certeza se poderemos pagar. São serviços básicos que estão parados e, dentro de poucas horas, transformarão o nosso município num caos”, completou o prefeito, afirmando que o pagamento dos servidores também poderá ficar comprometido caso não haja o desbloqueio das contas.
SITUAÇÃO IGUAL
No município de Anadia A decisão juíza Eliana Augusta Acioly deixou os servidores da prefeitura de Anadia preocupados ao acatar a ação proferida pelo prefeito eleito Celino Rocha, que pediu o bloqueio total das contas e a suspensão de todos os contratos da prefeitura.
Em nota, o atual gestor de Anadia, Paulo Dâmaso, lamentou o ocorrido e se mostrou preocupado com o futuro do município. Ficaremos impossibilitados de fazer qualquer tipo de serviço. Por conta da decisão judicial, estamos proibidos de fazer compras e pagamentos, nos deixando de mãos atadas para o funcionamento da prefeitura”, destacou Paulo. O atual prefeito ainda acrescentou que estão incluídos nesses serviços, a merenda das escolas, material de limpeza e transporte.
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