Política

Renan e Câmara dos Deputados dizem respeitar manifestações

Presidente do Senado e Câmara divulgaram nota defendendo legitimidade das manifestações e afirmando respeitar os atos

Por Agência Brasil 04/12/2016 16h25
Renan e Câmara dos Deputados dizem respeitar manifestações
Reprodução - Foto: Assessoria

Dois dos principais alvos dos protestos que ocorrem neste domingo (4) em diversas cidades brasileiras, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a Câmara dos Deputados divulgaram nota defendendo legitimidade das manifestações e afirmando respeitar os atos.

Segundo Renan Calheiros, o Senado Federal continua "permeável e sensível às demandas sociais". No comunicado, Renan lembra dos atos de 2013, quando milhões de pessoas foram às ruas. S e, segundo ele, os senadores votaram 40 propostas contra a corrupção em menos de 20 dias, "entre elas a que agrava o crime de corrupção e o caracteriza como hediondo", afirmou.

Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, divulgou uma nota em nome da instituição classificando os protestos como legítimos e democráticos. "Manifestações desse tipo, em caráter pacífico e ordeiro, servem para oxigenar nossa jovem democriacia e fortalecem o compromisso do Poder Legislativo com o debate democrático e transparente de ideias", escreveu.

Em capitais como Brasília, Rio de Janeiro e Salvador, os manifestantes criticam as alterações no pacote de medidas anticorrupção, aprovado na noite da última terça-feira (29) pela Câmara. Um pedido para acelerar a votação no Senado chegou a ser colocado em pauta por Renan, mas foi rejeitado pelos senadores.

Os manifestantes também portam faixas em apoio à Lava Jato e a Sérgio Moro, juiz federal responsável pela condução dos processos decorrentes da operação. Na última quinta-feira (1º), o Supremo Tribunal Federal decidiu aceitar denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente do Senado, pelo crime de peculato, tornando-o réu.

"O presidente do Senado, Renan Calheiros, entende que as manifestações são legítimas e, dentro da ordem, devem ser respeitadas", disse ainda Renan, no comunicado.