Política

Doze eleitos há 4 anos não terminam mandatos em Alagoas

Crimes de improbidade, renúncia e desentendimentos são algumas causas

19/11/2016 11h36
Doze eleitos há 4 anos não terminam mandatos em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria

Dos prefeitos eleitos há quatro anos, doze não terminarão seus mandatos por estarem afastados do cargo ou já terem sido cassados pela Justiça. Em seus lugares assumiram os vice-prefeitos ou presidentes das câmaras municipais. Esse número representa 11,76% do total.

Em alguns casos, as idas e vindas dos titulares aos cargos duraram boa parte dos mandatos iniciados em 2012. Houve cassação pela Câmara de vereadores derrubada judicialmente, casos de São Luís do Quitunde e de Canapi. Em outras situações, o prefeito acabou renunciando ao mandato, caso de Toninho Lins em Rio Largo.

A cidade alagoana em que o presidente da Câmara de Vereadores teve de assumir o mandato de prefeito é Piranhas. Também foram várias as renovações de afastamento de prefeitos. Na última sexta-feira (18), por exemplo, o juiz José Eduardo Nobre Carlos, da 2ª Vara de Porto Calvo, determinou a renovação do afastamento do prefeito eleito de Campestre, Amaro Gilvan de Carvalho, por 180 dias.

Na prática, o mandato acabou para ele bem antes do final deste ano. Amaro Gilvan foi afastado porque teria contratado ilicitamente serviços de abastecimento de combustível para a frota da Prefeitura. Ele está com os bens declarados indisponíveis, até o limite de R$ 1.141.616,67. Os motivos dos afastamentos são acusações de improbidade administrativa ou falta de ambiente político com a respectiva Câmara de Vereadores.

Para a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), os afastamentos dos prefeitos não preocupam a instituição. “Nós lidamos com os municípios e não necessariamente com quem está à frente das prefeituras. O município é maior que o prefeito e ações de toda ordem fazem parte das regras do Estado. Entretanto, é bom ressaltar que todos que são acusados de algo, devem ser considerados inocentes até prova em contrário”, comenta a AMA através de sua assessoria de comunicação. Ainda há uma série de ações nesse sentido em tramitação na Justiça.

Os municípios cujos prefeitos não foram eleitos em 2012 são: Anadia; Barra de Santo Antônio; Campestre; Canapi; Marechal Deodoro; Piranhas; Rio Largo; Santa Luzia do Norte; São Brás; Tanque d’Arca; União dos Palmares; e Viçosa.