O prefeito eleito de Arapiraca, Rogério Teófilo (PSDB), continua articulando a formação de uma base de sustentação de governo na Câmara de Vereadores.

É que a nova legislatura para o quadriênio 2017/2020 terá vereadores de 11 partidos diferentes, quatro a mais em comparação a última eleição em 2012.

A nova configuração da Câmara Municipal é um dos desafios no caminho do futuro prefeito de Arapiraca.

O tucano Rogério Teófilo obteve 40.389 votos (38,04%), enquanto o peemedebista Ricardo Nezinho teve 40.130 votos (37,80%). O terceiro colocado, Tarcizo Freire (PP) ficou com 23.850 votos (22,46%) e o quatro lugar com Lindomar Ferreira (PSOL) com 1.l801 votos (1,70%).

A fragmentação partidária, e ainda com maioria de oposição, vai exigir ampla capacidade de articulação de Teófilo para garantir a governabilidade.

Mesmo derrotado nas urnas, o PMDB vai continuar ocupando quatro cadeiras, número igual em relação à eleição de 2012.

Para 2017, o PMDB terá as mesmas quatro cadeiras, dessa vez com Rogério Nezinho, Léo Saturnino, Fabiano Leão e Gilvânia Barros.

O PDT conseguiu duas vagas com Moisés Machado e Professora Graça. O PRP também fez dois vereadores (Willomaks e Jario Barros), o mesmo número de vereadores eleitos pelo PRB (Pablo Fênix e Melquisedec).

Um fato curioso dessa eleição ficou a cargo do PSDB, que conseguiu fazer o novo prefeito Rogério Teófilo, mas não elegeu nenhum vereador pela legenda.

O futuro prefeito de Arapiraca terá uma base de sustentação formada apenas por quatro vereadores. Doutor Fábio (PR), Aurélia Fernandes (PSB), Pablo Fênix e Melquisedec, ambos do PRB.

A oposição, por sua vez, vai ocupar nove cadeiras. Rogério Nezinho (PMDB), Léo Saturnino (PMDB), Fabiano Leão (PMDB), Gilvânia Barros (PMDB), Sérgio do Sindicato (PPS), o campeão com 5.116 votos, Fábio Henrique (PC do B), Moisés Machado (PDT), Professora Graça (PDT) e Edvânio do Zé Baixinho (PSL).

Os considerados independentes são: Thiago ML (PMN), Wilomaks (PRP), Jario Barros (PRP) e Pastor Marcos Caetano (PTC).

Isso mostra a grande fragmentação da nova legislatura, que será formada por vereadores eleitos de 11 diferentes agremiações partidárias (PMDB, PDT, PRP, PRB, PPS, PC do B, PSL, PR, PSB, PMN e PTC).

Essa “sopa de letrinhas”, segundo os especialistas nos bastidores da política, vai exigir muita capacidade de articulação de Rogério Teófilo (PSDB) para manter em alta a governabilidade na Prefeitura de Arapiraca a partir do dia 1º de janeiro do próximo ano.

Por conta disso, Rogério Teófilo e sua vice-prefeita eleita Fabiana Pessoa já começaram articular nos bastidores uma composição com os vereadores.

Na manhã desta quinta-feira (17), o prefeito eleito foi até a Câmara Municipal para uma reunião informal no plenário da Casa Legislativa Herbene Melo.

O encontro contou com a presença de integrantes das duas comissões do processo de transição, sendo uma coordenada pela vice-prefeita eleita e atual vereadora Fabiana Pessoa (PRB), o advogado Adriano Soares e o administrador Antônio Lenine Pereira Filho, e a outra comissão formada pelo secretário de Finanças, Lucas Leão, o procurador-geral do município, Victor Carvalho, o procurador e advogado Tiago Marcos e o secretário de Governo, José Lopes.

Ao abrir os trabalhos, o vereador Moisés Machado disse que o Poder Legislativo de Arapiraca estava muito feliz em poder se reunir com a comissão de transição e discutir a aprovação de projetos importantes para a próxima administração.

A presidente da comissão, vereadora e vice-prefeita eleita Fabiana Pessoa, afirmou que aquela seria mais uma reunião informal, onde os membros da comissão queriam conversar sobre assuntos de interesse da nova gestão.

Ao falar para os vereadores, o prefeito eleito Rogério Teófilo disse que a sua presença na reunião seria apenas para comunicar aos vereadores reeleitos e eleitos que pretende conversar com todos separadamente, sejam de situação e oposição.

Segundo ele, o momento é de diálogo e transparência, e, em um determinado momento, até chegou a anunciar que, ao assumir a Prefeitura de Arapiraca, no dia 1º de janeiro de 2017, vai fazer uma auditoria.

Teófilo, porém, deixou claro que não será o que ele classificou de uma “caça às bruxas”, mas para, segundo ele, saber da realidade da administração, bem como a situação de cada secretaria.