Política

Juiz exige retorno de comissionados, causando preocupação a prefeitos

Praticamente em todos os municípios, onde os prefeitos não se reelegeram ou não elegeram seus candidatos, houve demissão de servidor comissionado

12/11/2016 20h27
Juiz exige retorno de comissionados, causando preocupação a prefeitos
Reprodução - Foto: Assessoria

A decisão do juiz eleitoral Alfredo Mesquita, determinando para que a prefeita de Olho d’Água das Flores, Ester Damasceno (PMDB), reconvoque de imediato todos os servidores comissionados que foram afastados dos cargos logo após as eleições do último dia 2 de outubro, está deixando muitos prefeitos alagoanos que também adotaram essa prática bastante preocupados, sobretudo porque a onda de divulgação vem se espalhando nas redes sociais, o que pode ocorrer o chamado 'efeito dominó'.

Praticamente em todos os municípios, onde os prefeitos não se reelegeram ou não elegeram seus candidatos, houve demissão de servidor comissionado. Os gestores alegam a crise financeira, cuja meta, segundo eles, tem sido a de criar uma folga de caixa nessa reta final de mandato, a fim de pagarem alguns 'pepinos'. Porém, a expectativa agora gira na hipótese de que se houver uma ramificação do posicionamento do magistrado de Olho d’Água das Flores, para os demais juízes que atuam nos referidos locais dos derrotados, como fica a situação?

Caso de Olho d’Água das Flores

A prefeita Ester, detentora  de uma grande rejeição, razão que lhe motivou a não ir para a reeleição, não conseguiu eleger seu candidato, Zé Luiz (PP), derrotado nas urnas para o ex-prefeito Nen de Humberto (PR). Aborrecida com o resultado das urnas, a prefeita resolvera dispensar um grande plantel de servidores, alegando que a Prefeitura não teria porte financeiro para fechar o ano, caso não tomasse tal medida, só que o juiz Alfredo Mesquita, da 42ª Zona Eleitoral deu uma 'freada' nessa questão, ignorando tal ação da gestora.

O juiz em sua sentença, publicada na quarta-feira, 9, no Diário Oficial do Estado, alerta que se a gestora não cumprir a ordem terá que desembolsar por cada servidor não convocado, simplesmente, uma multa de 50 mil reais. E como se não bastasse, determinou também o pagamento dos salários dos servidores na mesma data em que for efetuado o pagamento dos demais servidores do município.