Polícia
Movimento cobra conclusão de inquérito sobre morte de Claudia Pollyanne em clínica clandestina
Entidade denuncia demora nas investigações, alerta para risco à população e pede rigor da Polícia Civil e do Judiciário de Alagoas
O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas vem a público cobrar, por meio desta nota, a conclusão imediata do inquérito policial que apura o assassinato da esteticista Claudia Pollyanne, vítima de uma barbárie em uma clínica clandestina no município de Marechal Deodoro, interior de Alagoas.
O caso está sendo acompanhado por quatro delegadas, designadas após determinação do Delegado-Geral da Polícia Civil, Gustavo Xavier. Entretanto, mais de 110 dias se passaram desde o homicídio, e a comissão criada para acompanhar o caso já existe há mais de 100 dias, sem que a investigação tenha sido finalizada.
O Movimento cobra atenção especial da presidente do inquérito, delegada Ana Luiza Nogueira, conhecida por sua atuação em defesa das mulheres, que frequentemente expõe a causa em redes sociais e na imprensa. Mais de 30 pessoas, de acordo com a própria delegada, prestaram queixa contra o casal criminoso. Essas vítimas foram dopadas diariamente, amarradas, estupradas, submetidas a abuso físico e psicológico, tortura e cárcere, tudo com a conivência de profissionais que atuavam na clínica. É imprescindível que crimes dessa gravidade recebam prioridade máxima nas investigações.
Ressaltamos que Mauricio Anchieta e Jessica Vilela ainda não foram presos pela morte de Claudia Pollyanne, mas apenas por tortura e estupros cometidos contra outras vítimas. Nesta semana, um Habeas Corpus será julgado no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), e seria injusto que eles fossem libertados.
Alertamos ainda que os amigos de Claudia Pollyanne, residentes em Maceió/AL, continuam expostos a riscos significativos caso os suspeitos sejam soltos. Mauricio Anchieta já teve outra clínica fechada em São Paulo por maus-tratos, além de antecedentes por tráfico de drogas e homicídio.
O Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas reafirma a cobrança à Polícia Civil e ao Judiciário de Alagoas por uma conclusão célere e rigorosa do inquérito, garantindo justiça aos amigos de Claudia Pollyanne e prevenindo novos crimes.
Por fim, o MNVCT deixa explícita sua luta contra as Comunidades Terapêuticas e contra todas as formas de manicômio e ressalta seu compromisso com a defesa do Cuidado em LIBERDADE, laico, territorializado, pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e via estratégias de Redução de Danos, com respeito a dignidade e aos direitos humanos.
São Paulo, 1º de Novembro de 2025
Movimento Nacional de Vítimas de Comunidades Terapêuticas @mnvct
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