Polícia

Mulher simula gravidez de gêmeos e desaparecimento em Maceió, diz polícia

Funcionária teria enganado colegas e empresa com falsa gestação, participado de chás de bebê e recebido presentes

Por Tribuna Hoje com agências 27/10/2025 12h09 - Atualizado em 27/10/2025 18h58
Mulher simula gravidez de gêmeos e desaparecimento em Maceió, diz polícia
Delegado Ronilson Medeiros - Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas (PCAL) investiga uma mulher suspeita de simular uma gravidez de gêmeos e inventar o próprio desaparecimento para enganar colegas de trabalho e a empresa onde atuava, em Maceió. Segundo o delegado Ronilson Medeiros, da Coordenação de Pessoas Desaparecidas, os exames confirmaram que a mulher nunca esteve grávida.

De acordo com as investigações, a suspeita manteve a farsa por vários meses. Ela participou de três chás de bebê, recebeu presentes, fraldas e apoio financeiro, e afirmava sentir os bebês se mexendo — chegando até a permitir que os colegas tocassem sua barriga.

O suposto desaparecimento foi registrado na sexta-feira (24). No dia seguinte, a polícia já havia solicitado a quebra do sigilo telefônico para tentar localizá-la. Nenhum hospital público ou particular confirmou a entrada de uma gestante com o nome informado.

“Consultamos o SUS, a Secretaria Municipal de Saúde e maternidades particulares, e constatamos que ela nunca realizou pré-natal nem deu entrada em nenhuma unidade hospitalar”, afirmou o delegado Ronilson Medeiros.

A mulher foi localizada e levada ao Hospital da Mulher, onde alegou ter perdido os bebês. Ela ainda afirmou que guardava os supostos restos mortais em potes dentro da bolsa, o que levantou suspeitas. Após exames periciais, foi confirmado que ela nunca engravidou.

“No início, imaginamos até um possível caso de tráfico de bebês, mas o laudo médico deixou claro que tudo não passava de uma invenção”, explicou o delegado.

A Polícia Civil acredita que a encenação foi motivada por vantagens materiais e emocionais, já que a mulher recebia apoio constante dos colegas. “Ela criou um enredo convincente, mas precisou de um fim para a história e inventou a perda dos bebês como desfecho”, completou Medeiros.

Com a localização da suspeita, o caso de desaparecimento foi encerrado, mas a investigação pode continuar caso a empresa decida registrar queixa por estelionato.