Polícia
Corpos carbonizados tinham marcas de disparos de arma de fogo, diz laudo do IML
Vítimas do sexo masculino foram encontradas dentro de carro em matagal na última terça (24)

O Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML) divulgou, nesta sexta-feira (26), avanços significativos na investigação dos dois corpos carbonizados encontrados no interior de um um Fiat Uno, às margens da AL-101 Sul, no município de Marechal Deodoro.
Os exames periciais confirmaram que as vítimas, ambos do sexo masculino, foram mortas por disparos de arma de fogo antes de o carro ser incendiado.
De acordo com o perito médico legista Luiz Mansur, responsável pelo exame cadavérico e antropológico, os corpos foram submetidos a um scanner de corpos. Em um dos cadáveres, as imagens de raio-x revelaram um projétil, que foi cautelosamente acautelado.
“Este material poderá ser crucial para um exame de comparação balística, caso uma arma suspeita seja apreendida. No outro corpo, foi identificada uma perfuração de projétil no crânio, reforçando a tese de execução prévia ao incêndio”, afirmou Mansur.
Protocolo de identificação
Segundo o perito odontolegista João Alfredo, um dos corpos foi severamente danificado pelo fogo, inviabilizando a identificação por métodos antropológicos, odontológicos ou papiloscópicos. Nesse caso, a equipe do IML buscou um fragmento preservado para tentar extrair DNA”, explicou João Alfredo, que já coletou material biológico da suposta família para comparação no Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica.
Contudo, a perícia odontolegal obteve sucesso na identificação de uma das vítimas. Após o comparecimento da família ao IML, que forneceu uma ficha de atendimento odontológico do SUS e fotografias que mostravam o sorriso do indivíduo em vida, foi possível realizar o reconhecimento.
"Fizemos a dissecção e limpeza das estruturas dentais, anotamos os achados e comparamos com o material fornecido. Os seis achados periciais foram compatíveis com a ficha odontológica e as fotos da arcada dentária do cadáver", detalhou João Alfredo.
Com base nesses elementos, foi concluído que o cadáver é Carlos Alexandre Gouveia dos Santos, de 20 anos, natural de São Miguel dos Campos e que residia na Barra de São Miguel. A identificação oficial permitiu a liberação do corpo para que a família realize o sepultamento.
A investigação prossegue com o IML e o Laboratório de Genética Forense da Polícia Científica trabalhando juntos para identificar o segundo corpo, trazendo respostas à família e à sociedade. O prazo inicial para conclusão do exame é de 10 dias, podendo ser prorrogado devido à complexidade de extração de DNA da amostra.
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