Polícia

Professor suspeito de estuprar adolescente autista de 13 anos já responde processo por zoofilia

Delegada Talita Aquino destacou que câmeras foram decisivas para identificar o veículo

Por Tribuna Hoje 17/09/2025 12h33 - Atualizado em 17/09/2025 14h26
Professor suspeito de estuprar adolescente autista de 13 anos já responde processo por zoofilia
Delegada Talita Aquino - Foto: PC/AL

Um professor foi preso em Maceió, acusado de abusar sexualmente de um adolescente de 13 anos com autismo, após se passar pelo pai da vítima para enganar funcionários do condomínio onde o menor de idade mora no bairro da Serraria. A prisão foi detalhada pela delegada Talita Aquino, em coletiva na manhã desta quarta-feira (17), na Delegacia Geral, em Jacarecica. O homem já responde a outro processo por zoofilia, que se caracteriza pela atração ou pelo envolvimento sexual de seres humanos com animais e armazenamento de material contendo abuso infantil em 2024.

Segundo a investigação, o crime aconteceu na última segunda-feira (15). O suspeito  que é professor de geografia formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aguardava em um veículo próximo ao condomínio, onde a vítima residia. Para atrair o adolescente, convenceu funcionários de que era o pai do jovem. Assim, conseguiu que o levassem até o carro.

As câmeras de segurança do condomínio registraram o momento em que o adolescente entrou no veículo, o que foi fundamental para a identificação da placa e, posteriormente, do proprietário, levando a polícia até o suspeito.

De acordo com a delegada, a vítima já vinha mantendo contato com o suspeito por meio de redes sociais há alguns meses, onde o encontro teria sido combinado. Laudos preliminares do Instituto Médico Legal (IML) apontaram sinais de violência sexual, que ainda serão confirmados oficialmente no exame de corpo de delito.

"Durante o interrogatório, ele negou o crime e permaneceu em silêncio sobre pontos cruciais da investigação, mas admitiu fazer uso de aplicativos de encontros", frisou a delegada.

A mãe do adolescente foi quem procurou a polícia e relatou o desaparecimento. O caso segue em investigação para apurar a extensão dos abusos e possíveis outras vítimas.