Polícia
Reprodução simulada da morte de Gabriel Lincoln será realizada em Palmeira nesta terça-feira
Peritos e MP acompanham reconstituição de abordagem policial; família questiona versão
                                    O inquérito que investiga a morte do adolescente Gabriel Lincoln Pereira da Silva, de 16 anos, ganha novo capítulo nesta terça-feira (15) com a realização da reprodução simulada da abordagem policial que terminou com o jovem baleado e morto em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas. O procedimento será conduzido no mesmo local e horário do caso, por volta das 20h.
Peritos criminais, delegados da Polícia Civil, representantes do Ministério Público e testemunhas vão acompanhar a reconstituição, que pode ser decisiva para esclarecer as circunstâncias da morte e confrontar as diferentes versões apresentadas até agora. A simulação foi solicitada pela família da vítima, representada pelo advogado Gilmar Torres, com o objetivo de reunir mais elementos que possam desmentir a versão oficial da Polícia Militar.
Gabriel Lincoln foi baleado no dia 3 de maio, ao passar de moto por uma avenida do município. A PM afirma que o jovem desobedeceu a uma ordem de parada e teria disparado contra os policiais, que revidaram. Um revólver calibre 38 foi apreendido na cena. No entanto, os familiares negam qualquer envolvimento do adolescente com crimes e alegam que a arma foi plantada pelos policiais.
“Gabriel nunca teve contato com armas. Isso é uma tentativa de justificar uma abordagem desastrosa. Estamos buscando justiça”, declarou um parente durante manifestação recente.
PROTESTOS
O caso gerou protestos nas ruas e nas redes sociais, com familiares e amigos cobrando apuração rigorosa e denunciando abuso policial. A comoção levou a Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas a instituir uma comissão especial de delegados para investigar a morte. A força-tarefa é formada por Sidney Tenório, diretor da Polícia Judiciária 1; Alexandre Leite, diretor da Judiciária 3; e João Paulo Tenório, coordenador da delegacia da 5ª Região.
O Instituto de Criminalística de Alagoas já concluiu o exame balístico, que confirmou que a arma estava em perfeito estado e que um disparo foi efetuado. No entanto, o laudo não identifica quem atirou nem em que momento, o que mantém dúvidas sobre a veracidade da versão policial.
A reconstituição desta terça-feira é considerada crucial para esclarecer as contradições e definir os rumos do inquérito. A sociedade e os familiares aguardam por respostas concretas e responsabilização dos envolvidos, caso abusos sejam confirmados.
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