Polícia
Vereador e suplente estão em estado de atenção
Ministério Público Eleitoral emite parecer favorável à manutenção do afastamento do parlamentar Siderlane Mendonça, do PL

Dois meses depois da operação da Polícia Federal (PF) que determinou o afastamento do vereador Siderlane Mendonça (PL) da Câmara Municipal de Maceió, o processo segue sem grandes movimentações. Ontem (25), circulou na imprensa a informação de que o Ministério Público Eleitoral (MPE) havia emitido um parecer pela manutenção do afastamento do parlamentar e posse imediata do suplente, Caio Bebeto (PL).
Mesmo com o processo correndo em segredo de justiça, os principais interessados nesta ação - Siderlane Mendonça e o primeiro suplente Caio Bebeto - estão em estado de atenção.
Por todos os lados, a decisão é manter a descrição. O advogado Marcelo Brabo, que trabalha na defesa de Siderlane, entende que não interfere no resultado. “É um opinamento! Entendeu que o retorno devia ocorrer no prazo de 180 dias do afastamento, não enfrentando o argumento central da falta de contemporaneidade, que, aliás, foi reconhecida pela Juíza da 1ª Zona Eleitoral”.
Brabo falou sobre a tramitação atual do processo. “Estamos aguardando a análise da medida liminar no habeas corpus sobre o retorno ao cargo”. Mas explica que não há uma previsão exata. “Acreditamos que por estes dias, não tem prazo legal”.
Em seu perfil nas redes sociais, Siderlane publicou um vídeo ontem (25) falando sobre sua história, sua fé, e insinuando que está sendo perseguido, mas sem citar diretamente a situação. “Uma das coisas que me fazem persistir e nunca desistir é a certeza de que o resultado não vem do ser humano, vem do alto, vem de Deus. Não adianta perseguir, não adianta nada disso, quando deus quer que as coisas aconteçam elas acontecem. Só cai uma folha de uma árvore com a permissão de Deus”.
Caio Bebeto, que após o afastamento do titular tentou articular sua posse, não comenta o assunto. Através de sua assessoria, disse não ter nenhuma informação sobre isso. A Câmara Municipal decidiu, à época, não empossar o suplente e manter a Câmara com um vereador a menos. Nesses dois meses, os trabalhos aconteceram normalmente, e Siderlane está afastado apenas das atividades na casa, mas segue recebendo a remuneração regularmente.
LEMBRE
O vereador é apontado como suspeito de liderar um grupo criminoso e, entre mandados de busca e apreensão, e medidas cautelares, foi afastado do cargo. De acordo com a PF, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão, autorizados pela Justiça Eleitoral de Maceió, nas cidades alagoanas de Maceió e Rio Largo. Também foram executadas 17 medidas cautelares diversas da prisão, como o afastamento do cargo do vereador, suspeito de liderar o grupo, e o bloqueio de bens em valores superiores a R$ 200 mil reais.
A investigação é referente à atividade de Siderlane na campanha eleitoral de 2020, quando ele era vereador pelo PSB e buscava a reeleição. O parlamentar teria recebido doações de pessoas físicas, que teriam contribuído até quase seis vezes o valor de suas remunerações para a campanha do parlamentar.
“Ainda mais quando prestavam serviços em seu gabinete, revelando sinais típicos de ‘rachadinha’ e lavagem de capitais”.
De acordo com o Inquérito Policial, o candidato teria movimentado o valor de R$ 244 mil, sendo R$ 122 mil a crédito e R$ 122 mil a débito, na conta de sua campanha eleitoral.
“Em princípio, segundo a autoridade policial, não há qualquer ilegalidade ou estranheza nisso. porém, a maioria dos doadores eram/são servidores públicos municipais comissionados, realidade que chama atenção”, destaca a fundamentação.
Mais lidas
-
1Sem Alma existe?
Quem é o verdadeiro Sem Alma da série brasileira 'DNA do Crime'?
-
2Sobrevivência nas profundezas
A impressionante histórial real por trás de 'O Último Respiro'
-
3Horários especiais
Veja o que abre e fecha no São João em Maceió
-
4Vem por aí!
O que acontece depois que Cecília desperta do coma em 'Vale Tudo'
-
5É pra meiorá!
Finais felizes de 'Êta Mundo Bom' anulados em 'Êta Mundo Melhor'