Polícia
Major da PM/AL invade casa da ex-mulher, faz família refém e mata cunhado e filho antes de ser morto
Pedro Silva fugiu da Academia de Polícia Militar onde estava preso por violência doméstica

No final da tarde deste sábado (7), um major aposentado, 58 anos, da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL) identificado como Pedro Silva invadiu a casa de sua ex-companheira após fugir do Presídio Militar e ameaçou matar a vítima, na Avenida Professor Loureiro, no bairro do Prado, em Maceió. Antes de ser morto pela força policial, o suspeito matou o cunhado e o filho de 10 anos.
Antes dos assassinatos, o major aposentado fez a mulher, o irmão, a irmã dela e dois filhos de 2 e 10 anos reféns. Vizinhos disseram que disparos de armas de fogo foram ouvidos dentro da residência. E ex-companheira escapou porque conseguiu se trancar em um dos quartos da casa.
Segundo o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública (SSP), Patrick Maia, a polícia foi acionada ao local para atuar em uma ocorrência de homicídio. No entanto, ao chegar ao imóvel, encontrou uma situação com reféns.
"No decorrer da negociação, conseguimos um êxito e salvamos três vidas: duas mulheres e uma criança de dois anos, que foram retiradas do local da crise. Mas, infelizmente, tivemos dois óbitos, que serão devidamente investigados. O major Pedro veio a óbito com a intervenção da equipe policial do Bope [Batalhão de Operações Especiais]", relatou Maia.
O Bope foi acionado para realizar as negociações com o major. Uma filha dele de 32 anos, auxiliou, já que era a única com quem ele queria falar.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi acionado para apoio na Rua Manaus.
O militar já havia sido preso anteriormente por violência doméstica. Conforme Maia, o militar estava em surto psicótico er atentou contra a própria família.
"Temos elementos de criança amputada. A criança aparenta um ferimento de amputação. Há corte de cabelo. É um local extremamente horrível de ver. Está praticamente uma carnificina, onde um elemento em surto psicótico, de forma totalmente destemperada, toma refém a sua família'', relatou Patrick Maia.
A casa onde aconteceu o crime está isolada e com a cena preservada. Todas as pessoas que entraram no local serão ouvidas. Conforme Maia, o momento agora é de atenção e assistência à família, que foi encaminhada ao Hospital geral do Estado (HGE).
A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) irá investigar as mortes, assim como, a fuga do major da Academia de Polícia Militar, onde estava detido desde janeiro.
Matéria atualizada às 22h
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