Polícia

Paciente psiquiátrico pede água, invade residência e esfaqueia mulher após surto

Casa simples no campo, ficou marcada pelo sangue e pela dor de um ataque inesperado

Por Tribuna Hoje com agências 02/06/2025 10h06
Paciente psiquiátrico pede água, invade residência e esfaqueia mulher após surto
Caso deixou moradores da localidade em choque - Foto: Freepik/Ilustração

O silêncio típico da manhã de domingo na zona rural de Arapiraca, interior de Alagoas, foi quebrado por gritos de dor e desespero. Uma mulher, que estava em casa, foi surpreendida por um ataque violento a facadas, desferido por um homem conhecido da comunidade — um paciente psiquiátrico que teria sofrido um surto.

De acordo com informações da Polícia Militar, o agressor passou próximo à residência da vítima em busca de água. Ao ser chamado por ela, o homem surtou de forma repentina e invadiu o imóvel, desferindo vários golpes de faca contra o rosto, a região cervical e os membros inferiores da mulher.

Mesmo gravemente ferida, a vítima foi encontrada consciente pelos socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestaram os primeiros atendimentos com o apoio do 3º Batalhão da PM. Ela foi levada ao Hospital de Emergência do Agreste, onde deu entrada em estado estável.

O caso deixou moradores da localidade em choque. “Ela só tentou ajudar, como já fazia antes. Ninguém esperava uma reação dessas”, comentou uma vizinha, visivelmente abalada. A cena do crime, uma casa simples no campo, ficou marcada pelo sangue e pela dor de um ataque inesperado.

FUGA 

Após o crime, o agressor fugiu para uma plantação de mandioca nas proximidades antes da chegada da viatura. Familiares do suspeito entregaram à polícia documentos e um atestado médico comprovando que ele sofre de transtornos psiquiátricos.

As buscas seguem em andamento. A Polícia Militar continua diligências na tentativa de localizar o suspeito e garantir a segurança dos moradores da região.

Enquanto isso, a vítima se recupera, cercada pelo apoio de amigos e familiares. O trauma, no entanto, vai além das cicatrizes visíveis — e exige também cuidados emocionais e psicológicos.

A ocorrência levanta mais uma vez a discussão sobre a necessidade de acompanhamento e estrutura adequada para o tratamento de pessoas com transtornos mentais, principalmente em áreas rurais onde o acesso à saúde ainda é limitado.