O delegado Igor Diego, titular da Diretoria de Repressão ao Narcotráfico e ao Crime Organizado (Dracco), admitiu nesta terça-feira (15) a possível participação de uma terceira pessoa no assassinato da menina Ana Beatriz, cujo corpo foi encontrado escondido em um armário dentro de sua casa, na cidade de Novo Lino.

A hipótese foi levantada depois que a polícia constatou que várias buscas foram realizadas na segunda-feira (14), inclusive com a utilização de cães farejadores, e nada foi encontrado nas proximidades da casa. Somente com a indicação de Eduarda, a mãe da menina, foi possível localizar o corpo. Isso levantou a suspeita de que o cadáver tenha sido retirado da residência e, depois, colocado no armário, dentro de uma sacola, junto com materiais de limpeza.

O delegado Igor informou que essa possibilidade está sendo considerada e será investigada.

A mãe da menina, após confessar o crime e ser presa em flagrante, está sob a guarda da polícia no Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) de Novo Lino.

Na cidade, o clima é de revolta entre os moradores, que já ameaçaram invadir a residência da suspeita para fazer justiça com as próprias mãos.

A defesa de Eduarda justificou que ela teria agido devido às alterações sofridas pela mulher após o parto.

As investigações sobre a morte de Ana Beatriz, de apenas 15 dias, continuarão com a participação do delegado Paulo Cerqueira, da Regional de Novo Lino.

Os exames a serem realizados no corpo da bebê deverão determinar se Eduarda está dizendo a verdade ao afirmar que usou um travesseiro para assassinar a própria filha.