A mulher que esfaqueou o ex-marido e o ex-sogro, na sexta-feira (7), no bairro da Chã da Jaqueira, em Maceió, teve sua prisão convertida para prisão domiciliar. A suspeita de 25 anos, foi autuada em flagrante por tentativa de homicídio, no entanto, alegou legítima defesa. A justiça decidiu nesse sábado (8) que ela ficaria em casa devido com base na dependência do filho menor, de apenas dois anos, e no parecer do Ministério Público de Alagoas (MP/AL).

De acordo com testemunhas, o crime aconteceu na casa das vítimas, já que eles moram juntos. Uma equipe da Polícia Militar foi acionada e lá, os populares contaram que a suspeita invadiu a casa com uma faca e atacou o ex-sogro, um homem com deficiência física, e logo em seguida, desferiu vários golpes no ex-marido, que foi socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e posteriormente transferido para o Hospital Geral do Estado.

A suspeita após o crime fugiu para o bairro do Benedito Bentes, porém, foi localizada pelos militares em sua residência. A faca usada no crime também foi encontrada e apreendida.

Em seu depoimento, o ex-sogro da mulher, disse que ela já entrou em sua casa gritando: "Vou matar todo mundo" antes dela esfaqueá-lo. Ainda de acordo com ele, tentou se defender, mas acabou ferido no braço e no rosto. Em seguida, o ex-marido teria tentado intervir e também foi esfaqueado.

Já a defesa da suspeita alega que a mesma agiu em legítima defesa. Na versão dela, o ex-esposo já havia agredido ela anteriormente e possuía contra ele baseado na Lei Maria da Penha, com medida protetiva concedida a ela e a sua mãe. Essa medida foi revogada pela Justiça em janeiro deste ano.

Ainda de acordo com a defesa da mulher, ela relatou que, no dia que esfaqueou ele, foi brutalmente agredida por ele, mesmo sabendo que ela estaria com suspeita de gravidez. As agressões só teriam cessado quando ela conseguiu pegar a faca e golpeá-lo para se defender. Imagens mostram a mulher com diversos ferimentos no rosto e no corpo.

Ainda na versão da mulher, relatada por sua defesa, a mãe dela chegou ao local para levá-la para casa, onde aguardou a polícia.

Mesmo apresentando estes argumentos, a Justiça negou a liberdade provisória da mulher, porém converteu a prisão em flagrante em prisão domiciliar, destacando a necessidade dela cuidar do filho pequeno.