Polícia
Mulher queimada pelo marido luta pela vida em Maceió
Eraldo Delfino, de 52 anos, ateou fogo em Claudiane Santos dentro de casa e fugiu
Uma história de dor, coragem e resistência. Claudiane Maria Joventino dos Santos, de 39 anos, está internada em estado grave após sofrer uma tentativa brutal de feminicídio. O próprio companheiro, Eraldo Delfino, de 52 anos, ateou fogo nela dentro de casa, no bairro do Antares, em Maceió. Com 70% do corpo queimado, ela luta pela vida no Hospital Geral do Estado (HGE), sem previsão de alta.
A agressão ocorreu no último sábado (1º), mas Claudiane só foi socorrida no domingo, após passar mais de 24 horas presa dentro de casa, agonizando de dor. A filha da vítima revelou que foi o padrasto quem jogou álcool e ateou fogo no corpo da mãe, deixando-a sem socorro. Foi um vizinho quem encontrou a mulher e acionou o resgate. Inicialmente levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Santa Lúcia, ela foi transferida para o HGE, onde segue recebendo tratamento intensivo.

Histórico de violência e impunidade
Claudiane já havia denunciado o companheiro por agressões anteriores e possuía uma medida protetiva contra ele. No entanto, a violência continuou. A filha da vítima, Anny Lavignia Joventino, conta que a mãe vivia um relacionamento abusivo e que as agressões eram frequentes. "Toda vez que ele bebia, fazia questão de jogar coisas na cara dela e sempre a ameaçava", relatou.
Agora, além do sofrimento da recuperação dolorosa, a família clama por justiça. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), e Eraldo Delfino está foragido. A polícia trata o crime como tentativa de feminicídio.
A luta por justiça e proteção
Casos como o de Claudiane se repetem diariamente no Brasil. A violência doméstica é um problema estrutural que exige respostas firmes do Estado e da sociedade. Medidas protetivas precisam ser efetivas, e agressores, punidos com rigor.
Se você conhece alguém que sofre violência doméstica, denuncie. O Disque 180 é um canal de apoio e proteção para mulheres vítimas de violência. A denúncia pode salvar vidas.
Enquanto Claudiane luta para sobreviver, sua história precisa ecoar como um grito de alerta: nenhuma mulher deve sofrer calada. A violência não pode ter espaço em casas e comunidades.
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