Polícia
Mais de 20 traficantes de Alagoas se escondem em favelas do Rio
Levantamento das polícias revela que grupo de foragidos é ligado ao Comando Vermelho
Um levantamento feito pelas polícias fluminense e alagoana identificou que há pelo menos 20 traficantes ligados ao Comando Vermelho (CV) escondidos em favelas do Rio de Janeiro. Todos são foragidos da Justiça de Alagoas.
Na quinta-feira da semana passada (1), a Polícia Civil do Rio prendeu Luiz Claudio Ferreira Lomenha, de 58 anos, em Inhaúma, na Zona Norte do Rio.
Segundo as investigações, Lomenha é braço direito do chefe de uma facção do tráfico de Alagoas, ligada ao Comando Vermelho e era responsável, no Rio, pela locomoção do traficante pela cidade.
Além disso, o suspeito também movimentava uma grande quantidade de dinheiro da facção em suas contas bancárias, de acordo com a polícia.
A ação que resultou na prisão do traficante alagoano foi realizada pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil e pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e faz parte de um trabalho conjunto com a Polícia Civil de Alagoas.
A prisão foi realizada durante uma megaoperação, batizada como Hades, que foi desencadeada pela Polícia do Alagoas e contou com o apoio da Polícia Civil de 16 estados, incluindo a do Rio de Janeiro.
O objetivo foi desarticular duas organizações criminosas em Alagoas, que movimentou, em três anos, mais de R$ 300 milhões através do tráfico interestadual de drogas, segundo a polícia.
A megaoperação também investiu contra a lavagem de dinheiro nas capitais.
De acordo com a polícia, pessoas envolvidas com as duas organizações criminosas foram presas durante a operação. Além disso, foram apreendidos uma aeronave, barco, moto aquática, carros de luxo, relógios e joias, smartphones, notebooks, tablets e outros aparelhos eletrônicos, milhares de cédulas de reais e pesos colombianos, drogas e armamentos como fuzis, carabinas e pistolas.
Segundo o diretor de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Polícia Civil, de Alagoas, delegado Igor Diego, a aeronave pertence a uma empresa de táxi aéreo do Amazonas, estado onde foi apreendida.
“Essa aeronave, em outra ocasião, já foi também flagrada como transporte de cargas e drogas. O proprietário dela, de forma suspeita, teve em um pouco espaço de tempo um crescimento financeiro muito grande, o que leva diante das investigações a acreditar que todos os valores investidos na empresa para compra de aeronaves eram advindos do crime”, afirmou.
O trabalho investigativo começou em março de 2021 pela Dracco, da Polícia Civil de Alagoas para apurar a movimentação criminosa de quatro pessoas, sendo dois casais, em atividades ilícitas. Os mandados foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital de Alagoas, após parecer favorável do Gaeco.
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