Polícia
No carnaval o cuidado com eletricidade deve ser redobrado
Nosso primeiro grande feriado, tirando o 1º de janeiro, está chegando. O Carnaval é, certamente, o evento de maior mobilização em nosso país. Milhares de pessoas nas ruas, muita alegria e, consequentemente muita bebida, despreocupação, o que gera distração e que pode culminar em acidentes, os mais diversos.
Mas, aqui, queremos chamar a atenção para os riscos que este cenário pode trazer no que se refere a acidentes de origem elétrica. Em primeiro lugar, vamos falar da folia de chão: as pessoas passam muito tempo nas ruas, com pouca roupa e, principalmente com calçados leves; esta é uma época com maior incidência de chuvas, ou seja, solo molhado e muitas alegorias de carnaval são metálicas. Então quais os perigos de choque nestas condições?
- Fios partidos nas ruas: por mais que as empresas de energia elétrica façam a manutenção dos fios da rede aérea, as condições climáticas não favoráveis nesta época do ano, ocasionando chuvas e ventos fortes, aliado a problemas como linhas de pipa com cerol que cortam os fios, gambiarras feitas para ‘puxar’ a energia de forma clandestina, roubo de cabos para vender o metal, dentre outros, podem ocasionar a queda de um fio energizado na rua.
Imaginem a situação: você está na rua brincando o Carnaval, o som está alto, muita gente ao seu redor, qual a chance de você perceber um fio caído na calçada? Pouca, certo? Pois bem, está aí um perigo real e de grandes proporções; se uma pessoa tocar no fio energizado a proximidade com outras que, certamente, tentarão ajudá-la, pode acarretar uma tragédia enorme. Segundo dados da Abracopel – Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2022 foram 64 ocorrências de fios partidos na rua, com 49 mortes. Infelizmente em 2023, o número aumentou para 72 casos com 53 mortes. Por isso, vai brincar o Carnaval na rua? Fique atento!
- Barraquinhas de ambulantes com gambiarras: Esta é uma época em que as pessoas tentam ganhar um dinheirinho extra vendendo alimentos e bebidas aos foliões. Muitas vezes, montam barraquinhas sem autorização da prefeitura e ‘puxam’ um ‘bico de luz’ diretamente da rede de energia. Nem é preciso dizer que além de crime, o risco que eles e todos ao redor estão correndo é enorme. Basta um fio desencapado em contato com o metal dessas barraquinhas para que qualquer um que a toque seja eletrocutado.
Estando na rua brincando o Carnaval, fique ligado! Segundo a Abracopel, em 2022 foram 36 acidentes com postes e grades energizadas, gerando 22 mortes. Já em 2023, os números subiram! Foram 50 acidentes que geraram 25 mortes.
- Palanques e arquibancadas metálicas: sua cidade promove o desfile das escolas de samba e monta aquelas arquibancadas provisórias para que você possa assistir confortavelmente? Bacana! Mas imagine se esta estrutura não foi feita seguindo todos os itens de segurança exigidas pelas normas técnicas? Se foi ligada uma iluminação de forma ‘provisória’ ou mesmo se os enfeites toquem na rede e energizem toda a estrutura? Já imaginaram? Sim, outra tragédia que pode ser evitada.
E no caso dos carros alegóricos e trios elétricos? Nestes casos, os acidentes normalmente são de grandes proporções.
Vocês devem se lembrar do acidente no interior de Minas Gerais, no carnaval de 2011, quando um trio elétrico tocou a rede aérea de energia e matou 16 pessoas ao mesmo tempo. Vamos usar o caso para ilustrar: o trio elétrico precisa ter uma altura que não permita que as pessoas que estão em cima dele toquem na rede aérea. Mas não é o que acontece: a cada ano eles estão maiores e mais altos.
Estes ‘carros’ são metálicos e preenchidos com uma parafernália elétrica de luz e som. É a receita perfeita para um choque! Se aliarmos tudo isso com pessoas que podem tocar a rede ou então, como no caso mineiro, os foliões em terra jogando aquelas serpentinas metálicas que alcançam uma altura considerável quando ejetadas, o estrago está feito. Também, os carros alegóricos usados nos desfiles, principalmente nas cidades do interior, que não possuem uma estrutura específica para estes desfiles, podem gerar acidentes fatais. Em Santos, no Carnaval de 2013, 4 pessoas morreram quando o ‘costeiro’ da fantasia de um dos destaques de um carro alegórico tocou na rede aérea, causando a eletrocussão não só dos destaques, como também das pessoas que empurravam o carro e, pior, de uma pessoa que estava na rua apreciando o desfile.
Segundo a Abracopel, o contato com a rede aérea matou 262 pessoas em 2022. Em 2023, o número se manteve alto, foram 261 mortes, mas mesmo com as empresas de energia fazendo intensas campanhas de prevenção, principalmente nesta época de Carnaval, alertando os foliões sobre os diversos riscos que eles correm, ainda vemos muitos acidentes envolvendo a rede aérea acontecendo.
Portanto, se você curte o Carnaval e já está com sua fantasia prontinha para a folia, aproveite! Mas fique atento ao seu redor, não deixe que a falta de conscientização estrague a sua alegria e a alegria da sua família.
Para mais informações sobre a prevenção de riscos com a eletricidade, acesse o Portal Abracopel –
www.abracopel.org.br
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