Polícia

Ministério Público pedirá prisão preventiva de homem que sequestrou sobrinha em Penedo

Genivaldo da Conceição Santos foi detido na madrugada deste sábado (7) na zona rural do município

Por Ascom MP/AL 07/10/2023 16h20 - Atualizado em 08/10/2023 09h59
Ministério Público pedirá prisão preventiva de homem que sequestrou sobrinha em Penedo
Homem tentou fugir com chegada da Polícia Militar, mas foi capturado - Foto: 11º BPM

Foram dois dias de buscas intensificadas pelas polícias Civil e Militar, até que, na manhã deste sábado (7), policiais do 11º Batalhão, após denúncia feita ao Centro de Operações Policiais Militares (Copom), seguiram para um local identificado como Ponta da Ilha, em Penedo, onde foi efetuada a prisão de Genivaldo da Conceição Santos e resgatada a menor, de 10 anos, e sobrinha do sequestrador. O Ministério Publico pedirá a prisão preventiva do autor do sequestro durante a audiência de custódia, prevista para ocorrer neste domingo (8).

O caso foi acompanhado a princípio pelos promotores de Justiça Hylza Torres e João Batista, ficando este último no comando como representante do Ministério Público, pois é titular na Promotoria da Comarca de Penedo.

“A investigação é focada em crime de sequestro, seguido de estupro de vulnerável . O Ministério Público, diante do histórico criminoso do acusado, já formou a sua decisão de pedir pela prisão preventiva do mesmo. Temos informação, e levantamentos estão sendo feitos, de que no estado de Sergipe o indivíduo preso na manhã deste sábado tem passagens em presídio por estupro e morte de criança e que há indícios de que tenha cometido mais crimes dessa natureza. Assim, sendo, entendemos que sua liberdade calha em grande risco para a sociedade”, afirma o promotor de Justiça.

Após ser resgatada, a criança foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca para ser submetida ao exame de sexologia forense. As autoridades aguardam o resultado para constatação, ou não, de abuso sexual.

Plid

Também pelo Ministério Público, o caso foi acompanhado pelo Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (Plid/AL) que, com autorização da família, confeccionou card oficial com foto da menina e esteve em contato constante com as polícias.

Durante todo o período de buscas foi mantido contato com a avó da criança, onde foram colhidas informações importantes e feito um trabalho específico de acolhimento para apaziguá-la e demonstrar que não estava sozinha. A promotora de Justiça Marluce Falcão enalteceu o trabalho das polícias.

“Um caso muito preocupante, por se tratar de uma criança, isso sempre desencadeia uma mobilização mais intensificada. Ficamos apreensivos por conta do que nos foi relatado sobre o criminoso, mas o Plid está para esperançar e não medir esforços até que a situação seja concluída. Aproveito para parabenizar todos os policiais civis e militares, o pessoal do 11º Batalhão que , com muito profissionalismo, deu voz de prisão ao autor do sequestro, como garantiu a vida da criança naquele momento. E não podemos esquecer de, mais uma vez, evidenciar a participação da sociedade que se sensibilizou e informou onde estavam, ajudando a salvar mais uma vida. Tenho convicção de que o caso agora terá ótima condução com o colega João Batista atuando , ofertando denúncia. Graças a Deus tivemos um final feliz".

Elucidação

Por volta das 7h da manhã deste sábado (7), a Polícia Militar recebeu um chamado informando de onde estaria a criança e o acusado. Sob comando do tenente PM Santana, uma equipe da Força-Tarefa daquela unidade militar saiu para averiguar a informação de que Genivaldo Conceição estaria com a vítima numa estrada vicinal, próxima a uma fazenda localizada na Ponta da Ilha.

Constatada a denúncia, a menina ao avistar os policiais pediu socorro e foi resgatada. Já o autor teria feito gesto de que portava arma, exigindo que a guarnição, para intimidar, efetuasse alguns disparos para cima. Genivaldo estava escondido debaixo de uma vegetação, o que precisou de ajuda de um barco para chegar ao local e transportá-lo até a viatura. Ele portava arma branca. Os policiais militares fizeram questão de ressaltar o apoio recebido pela Polícia Civil durante todo processo.

“Foi um trabalho integrado, feito com muita doação, e com final feliz. Tanto a polícia civil quanto a polícia militar merece nosso reconhecimento. Seguimos adotando todas as providências cabíveis”, conclui o promotor João Batista.